A primeira versão do plano de imunização contra a Covid-19 do Ministério da Saúde deverá ficar pronta na próxima segunda-feira, 30, após uma reunião do grupo técnico encarregado de elaborar a estratégia. A estimativa é fazer a distribuição das vacinas de forma simultânea em todo o país, mas há possibilidade de que áreas que estejam sofrendo um surto da doença possam ser priorizadas.
A versão consolidada do plano deverá ser concluída antes do fim da fase de testes clínicos das principais vacinas contra a doença em desenvolvimento no Brasil e no mundo. Por isso mesmo, poderá passar por ajustes depois.
Em princípio, a ideia é seguir o plano logístico já utilizado no Plano Nacional de Imunizações (PNI) referente a todas as campanhas de vacinação promovidas pelo governo federal. Em tese, as vacinas deverão ser distribuídas preferencialmente por via terrestre, mas locais isolados serão atendidos por barcos ou aviões.
Municípios pressionam para que o encontro do grupo na semana que vem seja o prazo limite para a consolidação do maior número possível de pontos da estratégia de imunização. A expectativa é elaborar um plano que leve em consideração diferentes cenários, de acordo com as principais vacinas candidatas, já que o principal entrave é definir uma estratégia sem saber qual será o imunizante utilizado e se este será aplicado em uma ou mais doses.
Além disso, o plano do governo prevê, como já havia sido divulgado, que a distribuição da vacina priorize pessoas dos grupos de risco e profissionais de saúde. O plano de vacinação está sendo confeccionado por dez grupos técnicos, que incluem tanto funcionários do Ministério da Saúde quanto técnicos ligados ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
As principais vacinas em estágio de desenvolvimento avançado no Brasil são a da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca em parceria com a Fiocruz, e a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a fabricante chinesa Sinovac. Ambas são armazenadas a uma temperatura entre 2° e 8°C, também indicada para a Sputinik V, da Rússia. Já a vacina do laboratório Moderna precisa ser guardada a -20°C, e a da Pfizer, a -70°C, o que encarece o armazenamento e a distribuição.
Fonte: O Globo.