segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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PM que saiu atirando e matou duas pessoas em Belém, será julgado 14 anos depois

O policial saiu pelas ruas do bairro do Telégrafo atirando em quem encontrasse pelo caminho
Desde agosto a Polícia Civil do Pará investigava o assassinato a facadas e conseguiu localizar o principal suspeito e prendê-lo, nesta quarta-feira. (Foto Ilustrativa / Divulgação)

O policial militar Oscar Ferreira Alves Filho, de 33 anos, será julgado nesta segunda-feira, 23, no Fórum Criminal de Belém, localizado na cidade Velha, acusado de ter matado duas pessoas e ferido outras nove na madrugada do dia 17 de abril de 2006, no bairro do Telégrafo.

Oscar Ferreira foi preso no mesmo dia. O acusado não estava de serviço quando teria atirado nas pessoas. 14 anos depois, Oscar Ferreira vai responder por homicídio qualificado em duas vítimas e tentativa contra outras nove pessoas.

O júri começa às 08h da manhã e será presidido pelo juiz Edmar Silva Pereira. Estão previstos depoimentos de oito pessoas pela acusação e pela defesa consta onze depoentes.

O Crime que chocou Belém

Armado com uma pistola, ele saiu às ruas em sua moto, sem usar capacete, para aparentemente matar quem encontrasse pelo caminho. Cinco de suas vítimas foram internadas no Pronto Socorro Municipal. Outras quatro foram liberadas com ferimentos leves.

O PM não esboçou qualquer reação ao ter sua casa cercada por policiais civis e militares no momento da prisão. Ele nega que seja o autor dos crimes.

Os mortos foram Marcos Roberto Rodrigues dos Santos, 19 anos, e Rodrigo Lopes da Silva, também de 19.

Segundo testemunhas ouvidas na época, os jovens foram executados friamente. O criminoso chegou de moto, parou, olhou para um grupo de pessoas que estava na rua, escolheu em quem deveria atirar e disparou. Depois, foi embora para matar mais adiante, em outra rua. As pessoas atingidas caminhavam pelas ruas ou conversavam com vizinhos na porta de suas residências.


O promotor militar Gilberto Martins denunciou que mais de 40 policiais militares afastados da PM por problemas mentais andavam pelas ruas de Belém dirigindo táxis ou trabalhando em festas noturnas como seguranças.

 

Fonte: Roma News