quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Polícia Civil investiga incêndio em 2 mil hectares de uma fazenda em Santana do Araguaia

A operação faz parte das ações de cumprimento do decreto do governador Helder Barbalho, que proibiu queimadas em todo o território do Pará por um período de 180 dias, devido aos riscos de propagação do fogo e poluição pela fumaça. E ainda, mostra que há fiscalização e respostas do poder público frente às denúncias de crimes ambientais.
A queimada foi identificada em uma fazenda e chegou a 2 mil hectares alvos do fogo, que está proibido para limpeza ou manejo em todo o estado (Foto: Polícia Civil)

A Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) da Polícia Civil investiga queimadas que vêm ocorrendo na região Sul do Pará. Na quarta-feira (25), foi deflagrada a operação “Hefesto” — deus do fogo, na mitologia grega — , após um foco de incêndio em 2 mil hectares de uma fazenda em Santana do Araguaia. As queimadas para limpeza ou manejo estão proibidas em todo o estado.

O decreto nº 4151/2024, publicado pelo governador Helder Barbalho, proíbe queimadas no território estadual, desde o 27 de agosto de 2024, período considerado de estiagem no Pará e em meio à crise de incêndios criminosos e poluição por fumaça tóxica em todo o país. A Demapa tem monitorado as regiões paraenses para coibir crimes contra o meio ambiente. As investigações contam com fiscalização usando imagens de satélite.

O município de Santana do Araguaia foi identificado com pontos de queimadas, o que foi constatado in loco em uma fazenda, que teve mais de 2 mil hectares de área atingida, configurando danos ao meio ambiente. A Demapa instaurou um inquérito policial para apurar o caso e realiza perícia para identificar se o fato foi ou não criminoso, e, assim, promover a responsabilização criminal, se necessário.

“A operação Hefesto faz parte de uma ação permanente, coordenada pela Divisão de Meio Ambiente, da Polícia Civil do Pará, para evitar o desmatamento, através de queimadas e segue por todo o Estado, a fim de cumprir o Decreto governamental, que proíbe esse tipo de prática, dentro do que preceitua a Lei de Crimes Ambientais, 9.605/98”, enfatizou o diretor da Demapa, delegado Dilermando Tavares.

A Divisão Especializada em Meio Ambiente está ouvindo testemunhas e aguarda o laudo conclusivo para as formalidades legais. A Polícia Civil informa que a Demapa continuará monitorando e investigando queimadas e outros crimes ambientais, na defesa do meio ambiente. Importante lembrar que mesmo em áreas privadas, as queimadas podem sair do controle e geram poluição que extrapola os limites das propriedades.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Polícia Civil)


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