quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Polícia faz operação contra suspeitos de integrar quadrilha que usa artilharia antiaérea em assaltos a carros-fortes

Em um dos casos o grupo aterrorizou moradores do povoado 19, em Arapoema, durante uma tentativa frustrada. Policiais cumprem oito mandados de prisão e fazem buscas em três estados.
Polícia Civil faz operação em três estados — Foto: Dennis Tavares/SSP

A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (9) uma operação para localizar e prender oito suspeitos de integrar uma quadrilha que usa metralhadoras ponto 50, capazes de derrubar aviões ou perfurar tanques de guerra, durante assaltos a carros-fortes. O grupo é investigado pela tentativa de roubo que terminou em um tiroteio e aterrorizou moradores de um povoado chamado 19, na zona rural de Arapoema, em agosto do ano passado.

Até às 11h30, segundo a Secretaria de Segurança Pública, seis homens suspeitos foram presos. Os mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça foram cumpridos nos estados do Maranhão, Pará e Pernambuco, restando dois que ainda devem ser cumpridos nas próximas horas. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis localizadas nestes estados.

A investigação é conduzida pela Divisão Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Palmas, mas acabou tendo a participação de agentes de outros estado. O inquérito aponta que grupo é responsável por outros três crimes.

Ainda no ano passado a quadrilha teria atacado outro carro-forte na cidade de Marabá (PA) e desta vez conseguiu levar o dinheiro. Em janeiro 2020, mais dois assaltos no território paraense, um deles na BR-010, entre as cidades de Ipixuna do Pará e Paragominas. O crime mais recente teria sido em 30 de janeiro quando os criminosos fizeram cerca de 25 pessoas reféns durante um assalto a banco também em Ipixuna do Pará.

Carro-forte ficou com várias marcas de tiros após ataque em Arapoema — Foto: Divulgação

A ação desta quinta-feira é a segunda fase da Operação Guerra Justa, que começou em abril deste ano com a prisão de três pessoas. Na primeira etapa foram apreendidas as evidências que baseiam as novas prisões. Em um sítio na zona rural de Xinguara (PA) foram localizados carregadores de metralhadora e detonadores de dinamite. Os policiais acreditam que desde a tentativa de assalto no Tocantins o grupo conseguiu adquirir pelo menos mais duas unidades da artilharia antiaérea, ao custo de R$ 200 mil cada.

As armas seriam transportadas em caminhões de uma madeireira, localizada em Cabrobró (PE). A empresa, que seria de fachada, era utilizada para encobrir as atividades criminosas. O grupo teria movimentado mais de R$ 1 milhão desde a tentativa frustrada de assalto no Tocantins. Equipes dos quatro estados envolvidos estão em campo na busca pelos criminosos.

Policial fazendo busca durante cumprimento de mandado nesta quinta-feira (9) — Foto: Dennis Tavares/SSP/Divulgação

O delegado Eduardo Menezes informou que 14 pessoas foram indiciadas na 1ª fase da Operação Guerra Justa. “Durante vários meses conseguimos reunir farto material que possibilitou a deflagração da 1ª fase e a partir dela foi possível desvendar como agia a quadrilha, bem como qual era a tarefa executada por casa um de seus membros”, explicou.

Segundo a SSP, a quadrilha é considerada uma das mais perigosas e violentas do país. “Até metralhadoras ponto 50 são utilizadas por eles para cometerem as ações delituosas como comprovam os áudios objetos no decurso das investigações”.

Áudios adquiridos pela polícia mostraram que as lideranças do bando, inclusive, estavam acertando a compra de duas armas desse calibre, pois as que estavam utilizando não eram sendo suficientes para romper a blindagem dos caminhões que fazem o transporte de dinheiro.

Fonte: G1 Tocantins