Após as duas primeiras etapas da operação “Passe Livre”, a Polícia Federal identificou uma nova fraude contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Marabá. Nesta terça-feira (21), foi deflagrada a terceira etapa da operação. O alvo do mandado de busca e apreensão é suspeito de ter sido aprovado no curso de Engenharia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em 2022, após o irmão fazer a prova no lugar dele.
“O alvo, investigado desde a operação Passe Livre I, foi beneficiado com com a aprovação fraudulenta no Enem 2022 e ingresso irregular no curso de medicina da UEPA. O irmão realizou a prova no lugar dele, conseguindo a aprovação no e ingresso ilegítimo no curso de Engenharia na Unifesspa. A descoberta foi por acaso, a partir da análise de documentos e eletrônicos apreendidos na primeira fase da operação, em fevereiro”, informou a PF por nota.
Na casa do alvo, a PF comunicou que foi apreendido um aparelho celular, que ele jogou pela janela do banheiro ao perceber a chegada da equipe policial. O aparelho será analisado para verificar se indícios de outras fraudes semelhantes. As investigações seguem em andamento.
Durante a primeira fase da operação Passe Livre, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão,. Os alvos eram André Ataíde, Eliésio Ataíde e Moisés Assunção. Na Passe Livre II, André foi preso preventivamente, mas obteve liberdade provisória pouco tempo depois. Ele foi denunciado formalmente e a Justiça Federal acatou a denúncia.
“Se confirmada a hipótese criminal os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato com causa de aumento de pena, entre outros”, concluiu a PF por nota.
*ATUALIZAÇÃO ÀS 10H32
Por nota enviada ao Fato Regional, a Unifesspa comunicou que “a aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) está colaborando com as investigações conduzidas pela Polícia Federal e aguarda a conclusão do inquérito policial para tomar as medidas cabíveis”.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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