quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Polícia Federal investiga estudante de Medicina de Marabá que teria feito Enem se passando por outras duas pessoas

As provas foram feitas em nome de outras duas pessoas que buscavam aprovação no curso de Medicina da Uepa em Marabá. Os três envolvidos foram alvos de busca e apreensão da operação 'Passe Livre' e podem responder pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso
O estudante de Medicina da Uepa de Marabá conseguiu a aprovação no Enem 2022 e no Enem 2023 se passando por outras pessoas que também visavam cursar Medicina no campus (Foto: Polícia Federal)

Três pessoas são investigadas por possível fraude contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em Marabá, no sudeste do Pará. Nesta sexta-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a operação “Passe Livre”, que teve como alvo um estudante de Medicina que teria se passado por outras duas pessoas — em diferentes edições do exame — e obteve aprovação em cursos. As duas pessoas que teriam sido beneficiadas também são investigados. Não há prisão em flagrante na ação.

Os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão nos endereços ligados ao estudante de Medicina e das pessoas em nome de quem fez as provas do Enem. Foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos. No entanto, pelas investigações, as fraudes teriam sido cometidas nos exames de 2023 e 2022. Os candidatos obtiveram a aprovação para o curso de Medicina na Universidade do Estado do Pará (Uepa) de Marabá.

Um dos alvos que se beneficiou já começou a cursar. O outro alvo ainda não iniciou o curso. A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos. Para se passar por outros candidatos, o suspeito de fazer as provas pode ter usado documentos falsos. Ele também cursa Medicina na Uepa de Marabá, como informou a PF por nota.

“As investigações seguem em andamento, também para descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema criminoso. Se confirmada a hipótese criminal os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros”, concluiu a PF.

(Da Redação do Fato Regional)


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