sexta-feira, 3 de maio de 2024

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Polícia fluvial do Pará prende homem que vendia combustível para navio naufragado

O acusado foi visto por vítimas ao lado do "Anna Karoline III" momentos antes de a embarcação afundar próximo a Laranjal do Jari

Na tarde desta terça-feira (3), o Grupamento Fluvial (GFLu), vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), que presta apoio às ações de resgate no naufrágio do navio Anna Karoline III, prendeu  Manoel do Carmo dos Reis, que confessou ter comercializado combustível clandestino para a embarcação em ocasiões anteriores ao acidente. O navio submergiu no Rio Jari, no município de Laranjal do Jari, no território do Amapá, na madrugada do último sábado (29). Ele saiu de Santana, no Amapá, com destino a Santarém, no oeste do Pará.

Policiais civis do Gflu e da Delegacia Fluvial chegaram ao acusado após ouvirem depoimentos de vítimas, relatando terem visto uma embarcação denominada “Albatroz” atracada ao navio Ana Karoline III fazendo transbordo ilegal de combustível. A atividade, aliada ao mau tempo, teria ocasionado o naufrágio.

Os agentes do sistema de segurança do Pará foram à casa de Manoel do Carmo dos Reis, conhecido por “Tá Legal”, onde encontraram o barco pertencente ao acusado atracado em frente à residência, localizada na localidade Santa Maria, no município de Gurupá, na margem oposta do rio onde ocorreu o naufrágio.

“Nós chegamos até a casa do indivíduo, que confessou vender combustível e mostrou aos policiais o porão do barco, onde foram encontrados três tambores de 200 litros, totalizando 600 litros de diesel, além de uma motobomba usada para abastecimento. Verificou-se, também, que o barco estava com resíduos de óleo diesel derramado pelo porão. No local, Manoel disse que vende combustível em seu barco adquirido das embarcações que passam pela região, e que já teria vendido combustível, várias vezes, para o navio Ana Karoline III. Porém, ele afirmou que no último sábado não estava vendendo combustível ao referido navio, e que teria ido buscar mercadoria. Ainda segundo ele, como o mesmo afundou na hora da atracação, nem chegou a pegar a mercadoria que foi buscar porque o navio foi a pique”, informou o diretor do Grupamento Fluvial, delegado Arthur Braga, integrante da força-tarefa que trabalha no local do acidente.

Em depoimento, acrescentou o delegado, Manoel disse ainda que prestou socorro às vítimas, pois estava ao lado no momento do acidente, e que o combustível comercializado não tem nota fiscal porque foi desviado de embarcações que navegam pela região.

Nesta terça-feira, a Polícia Técnico-Científica (Politec) do Amapá liberou o corpo da primeira vítima paraense – um homem de 76 anos, que residia no município de Monte Alegre (na região oeste). A esposa da vítima estava em Gurupá e foi conduzida até Macapá, para providenciar o traslado do corpo para Monte Alegre.

MORTES

A Polícia do Amapá investiga a suspeita de que a embarcação Anna Karoline III, naufragada no sábado (29), no rio Jari, carregava mais carga que o permitido. O naufrágio se deu na travessia de Santana, no Estado do Amapá, com destino a Santarém, no Pará. Um inquérito policial foi aberto na segunda-feira, 2, no Amapá, visando identificar a causa do acidente que vitimou 22 pessoas, resultou no desaparecimento de 13 e no resgate de 49 até a noite desta terça-feira (3).


A empresa de navegação Erlon Rocha Transportes, sediada em Santarém, no oeste paraense, é dona do navio, está sendo investigada no caso. A empresa informou em nota  à Imprensa que a embarcação estava alugada. Não havia uma lista oficial de passageiros e cargas, de acordo com o Ministério Público do Estado do Pará.

 

 

Com informações da Agência Pará