Nesta sexta-feira (14/5), a Polícia Civil do Pará avançou nas investigações da morte do empresário teutoniense Raul Alberto Wolf (48). A Delegacia de Homicídios (DH) de Marabá realizou a Operação Gambit, nas cidades de Tucumã e Ourilândia do Norte. o gaúcho Raul Alberto Wolf, de 49 anos, executado a tiros em 2019.
Uma pessoa que administrava a empresa foi presa, suspeita de estar envolvida no assassinato. Conforme o delegado Tony Vargas, titular da DH, a investigação apura o crime, em tese motivado por ambições empresariais entre sócios da empresa Construtora e Britagem Milanos.
O sócio de Raul Wolf foi preso e conduzido ao presídio de Marabá, onde deverá aguardar para não interferir no andamento das investigações. A previsão da Delegacia de Homicídios é pelo menos 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.
Os policiais civis de Marabá e Parauapebas cumpriram seis mandados de busca e apreensão em residências, no escritório de contabilidade e na própria empresa de britagem.
Foram apreendidos diversos documentos, aparelhos celulares, notebooks, drives externos e pen drives que serão posteriormente analisados e periciados.
Na casa do contador da empresa, os policiais encontraram munições de arma de fogo que possibilitaram a prisão em flagrante do mesmo. Ele teria conseguido a liberação por meio do pagamento de fiança.
A ação contou com apoio de equipes da Regional do Araguaia, com sede em Redenção, e também da Alto do Xingu, com sede em São Félix do Xingu. Durante a operação, acrescentou, foram apreendidos diversos documentos, aparelhos celulares, notebooks e pendrives que serão periciados.
Em uma das residências alvo da operação foram apreendidas diversas munições de arma de fogo e as investigações terão continuidade, destacou o superintendente.
DESVIOS Operação Gambit,
Carlos Wolf afirma que o irmão, Raul, e o pai deles estariam sendo lesados por desvios nas empresas das quais eram sócios e que o assassinato ocorreu depois da descoberta. Conforme ele, além do assassinato, as pessoas envolvidas no crime teriam roubado milhões de reais que seria pertencentes, atualmente, aos filhos de Raul. “Não é apenas pelo crime (morte), vamos buscar a justiça pelos demais motivos também. São 18 meses de angústia e hoje estamos dando o primeiro passo para conseguir justiça pelo meu irmão e pelas crianças”, declarou.
RECOMPENSA
Carlos Wolf destaca que a família pretende pagar recompensa para quem tiver vídeos da execução ocorrida em Marabá, no intuito de identificar também os executores contratados para o assassinato.
“Estamos pagando por um vídeo que circulou pelo whatsapp demonstrando um cara que persegue o meu irmão e atira nele pelas costas, meu irmão tentou fugir e não conseguiu. Esse vídeo pode trazer o rosto do assassino, temos suspeitos, mas seria imprescindível para nós, creio que vamos conseguir encontrar mesmo 18 meses após o assassinato. Prendendo quem fez também nos ajuda porque um dos mandantes está indo para o xilindró, mas tem mais gente envolvida”.
Com informações do Correio de Carajás