quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Políticos paraenses defendem adiamento do Enem 2020

Duas moções foram apresentadas sobre o tema, uma delas pela deputada Nilse Pinheiro (Republicanos)

Políticos paraenses têm reforçado o coro em defesa do adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O assunto está sendo discutido em nível nacional e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) promoveu a campanha virtual #AdiaEnem nas redes sociais, com o objetivo de fazer com que o Ministério da Educação (MEC) reveja o cronograma do edital.

Na Assembleia Legislativa do Pará, duas moções foram apresentadas sobre o tema. Uma delas, da deputada Nilse Pinheiro (Republicanos), protocolada na segunda-feira (18), apela ao Ministro da Educação, Abraham Weintraub, para que, em caráter de urgência, determine o adiamento da prova, enquanto durarem as medidas emergenciais ocasionadas pela pandemia do coronavírus.

No documento, a parlamentar ressalta que com o isolamento obrigatório, milhões de estudantes estão prejudicados, especialmente os mais vulneráveis, que não possuem acesso a computadores ou internet para assistir conteúdo de aulas de Ensino a Distância – EAD, estrutura e, consequentemente, não têm condições de se preparar adequadamente para a seleção do Enem.

“Sabe-se que a maioria das escolas particulares com alunos de classe média e alta deram continuidade aos seus estudos em casa, com aulas online. De forma geral, esses estudantes têm melhores possibilidades de estudos em casa, com acesso à internet e todos os outros recursos tecnológicos necessários. Em contrapartida, os alunos da rede pública de ensino integram, majoritariamente, a camada social de baixa renda e, portanto, a mais prejudicada pela pandemia do novo coronavírus”.

Por isso, Nilse Pinheiro entende que manter as datas de aplicação do Enem 2020 para o mês de novembro configura-se um atentado aos princípios constitucionais do Brasil, especialmente contra os princípios da impessoalidade e da igualdade, porque os estudantes com acesso à internet serão favorecidos em detrimento dos demais que sequer estão conseguindo frequentar a escola.

No dia 12 de maio, a bancada do PT na Assembleia Legislativa já havia apresentado uma moção pedindo ao Ministério de Educação que determinasse a imediata suspensão dos procedimentos de realização do Exame Nacional do Ensino Médio 2020.

“Diversos outros fatores nos levam a concluir pela impraticabilidade do Enem, tais como a precariedade do sistema de internet necessário para inscrição e até continuidade do estudo ‘regular’ de ensino e o próprio estado físico e emocional que atinge milhares de alunos candidatos”, consta no documento, assinado pelos três deputados estaduais petistas, Dirceu Ten Caten, Carlos Bordalo e Dilvanda Faro.

Os políticos do PSOL também têm se manifestado pelo adiamento. O deputado federal Edmilson Rodrigues, por exemplo, tem abordado o assunto em suas redes sócias e compartilhado a campanha @AdiaEnem.

“O PSOL defende o adiamento da prova por conta das repercussões da pandemia no calendário do ano letivo e porque muitos alunos não podem ter acesso à internet para aulas a distância, o que os coloca em situação de desvantagem em relação aqueles que contam com a estrutura mínima para estudar em casa”, escreveu o parlamentar, em suas redes sociais.

O senador Jader Barbalho (MDB) apresentou projeto de decreto legislativo de suspensão dos editais do Exame. Para ele, muitos estudantes estão prejudicados pela suspensão das aulas presencias. Outro senador que também tem defendido o adiamento do Enem é Paulo Rocha (PT).

Com o calendário do calendário do MEC ainda mantido, as inscrições para o exame ficam abertas até a próxima sexta-feira (22), e as provas presenciais ocorrerão no dia 1º de novembro (linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; ciências humanas e suas tecnologias) e no dia 8 de novembro (ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias).


Até sexta-feira (15), mais de 3 milhões de pessoas já haviam se inscrito para as provas do Enem, em todo o País, sendo que mais de 2,95 milhões optaram por fazer a prova escrita e 99,6 mil se inscreveram para a versão digital.

 

 

Fonte: O Liberal