O Banco Central registrou pelo segundo mês seguido retiradas elevadas das cadernetas de poupança. Em fevereiro, os investidores retiraram R$ 5,83 bilhões a mais do que depositaram. Em cinco anos, é a maior retirada líquida num mês de fevereiro. Em 2016, o saque foi de R$ 6,64 bilhões a mais do que haviam depositado. Em fevereiro do ano passado, os brasileiros retiraram R$ 3,57 bilhões da caderneta.
Nas análises históricas do Banco Central, o primeiro bimestre do ano costuma ser marcado por saques mais elevados das poupanças. Geralmente para pagamento de impostos, material escolar e parcelamentos das compras de Natal. Neste ano, a estimativa do BC é de que o fim do auxílio emergencial intensificou a retirada.
Ao longo de oito meses, a Caixa depositou o benefício em contas poupança digitais, que acumulavam rendimentos se não movimentados. Com o fim do programa, beneficiários que conseguiram acumular recursos nas contas poupança passaram a sacar o dinheiro, o que também pode ter colaborado para o aumento dos saques.
Com rendimento de 70% da Taxa Selic, a poupança rendeu apenas 1,82% nos 12 meses terminados em fevereiro. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia da inflação, atingiu 4,57%.
(Da Redação Fato Regional, com informações do Brasil 61)