sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Preço do arroz teve alta de 21% no Pará, segundo o Dieese

O preço do quilo do arroz no Pará apresentou alta acumulada de 21,10% em 2018 em comparação com o ano anterior, enquanto a inflação calculada para o mesmo período foi de 3,43%. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-Pa).

Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Departamento, em dezembro de 2017, o quilo do produto foi comercializado nos supermercados de Belém, em média, a R$ 2,18. Em janeiro do ano passado, o valor passou a ser, também em média, de R$ 2,13. Já em novembro do mesmo ano foi vendido a R$ 2,69 e fechou dezembro a R$ 2,64.

O supervisor técnico do Dieese-Pa, Roberto Sena, atribui o aumento anual a variações na produção do alimento e devido a dificuldades no transporte. “São principalmente dois tipos de fatores que causaram o aumento: os de sazonalidade e os de comercialização. O primeiro tipo diz respeito aos fatores naturais da produção, como períodos de entressafra ou ocorrência de alterações climáticas. Enquanto que na parte da produção, estou falando da alta de combustíveis, como o diesel, que acaba encarecendo o frete dos caminhões e, consequentemente, o preço do produto”, explica.

Cesta básica

Ainda segundo Roberto Sena, a alta do preço do quilo do arroz é mais um elemento que coloca o Pará como um dos estados que possui a alimentação mais cara do país. “Em 2018, de janeiro a dezembro, o preço da alimentação básica dos paraenses apresentou alta de 7,19%. Isso atinge diretamente as pessoas mais pobres, assalariadas, que representam mais de 40% da população”, critica.


Para o supervisor técnico, a única forma eficiente de retirar o Pará do ranking do estados em que é mais caro comprar comida, é estabelecer políticas públicas que acabem com a dependência que a economia local tem da produção agrícola externa. “Há trinta anos que nós, do Dieese, batemos nessa tecla: precisamos deixar de ser um estado importador e incentivar a produção interna. Mais de 60% do que chega para a refeição dos paraenses vem de fora”, conclui.

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM