A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), emitiu nota oficial explicando que “não há casos confirmados de Mpox no município”, no sudeste paraense. A informação foi divulgada, na noite desta quinta-feira (1º), após circulação de rumores e imagens em redes sociais que causaram preocupação entre os moradores.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) afirma o mesmo: “não há casos de Mpox registrados no município de Parauapebas”.
Segundo o comunicado da Semsa, um paciente foi recentemente atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com lesões cutâneas que, após avaliação médica, indicaram sinais clínicos compatíveis com Varicela (Catapora) — doença infecciosa comum e altamente contagiosa, mas sem relação direta com a Mpox.
Ainda assim, por precaução e seguindo os protocolos de vigilância em saúde, a equipe médica da Semsa coletou material para diagnóstico laboratorial e manteve o paciente em isolamento para monitoramento.
A Prefeitura reforçou que não há motivo para pânico e criticou a disseminação de fake news (notícias falsas), principalmente de imagens fora de contexto que circulam nas redes sociais. “Essas publicações não têm relação com a realidade local e servem apenas para alarmar desnecessariamente a população”, alertou a nota.
O secretário de Saúde, Marcos Vinícius, destacou que a vigilância epidemiológica do município está ativa e preparada para agir diante de qualquer suspeita. “A saúde da nossa população é prioridade. Estamos monitorando a situação. Caso haja qualquer alteração, informaremos imediatamente com total transparência”, garantiu.
Dados
No Pará, em 2025, até 30 de abril, foram confirmados 19 casos de Mpox, sendo 14 em Belém, 3 em Ananindeua, 1 em Marituba e 1 caso importado. Em 2024, foram 64 casos, sem mortes. No ano de 2023, o Estado registrou 27 casos de Mpox, com um óbito em Belém, trazem os dados da Sespa. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não tem confirmações de morte pela doença desde abril de 2023.
Sobre os óbitos, a Sespa afirma que dois pacientes com diagnóstico clínico e laboratorial positivo para Mpox evoluíram a óbito. No entanto, ambos apresentavam comorbidades preexistentes.
“Após análise e conclusão dos relatórios das vigilâncias epidemiológicas municipais, foi identificado que a causa primária dos óbitos foi relacionada a essas outras doenças associadas, e não diretamente à infecção por Mpox”, explicou a Sespa.
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(CLEIDE MAGALHÃES, da Redação do Fato Regional, com informações do Portal Pebinha de Açúcar)
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