Presidente da Câmara de Redenção é preso por porte ilegal de arma em investigação sobre diplomas falsos

As investigações que levaram à operação 'Senza Titolo' começaram a partir da comunicação de uma instituição de ensino superior que denunciou à PF a coação por parte de uma organização criminosa para emissão de diplomas e outros documentos acadêmicos falsos.
A operação foi realizada com buscas na Câmara Municipal de Redenção e nas casas de investigados, sendo um deles o presidente do parlamento, Leandro Onofre (Foto: Polícia Federal)

A Polícia Federal deflagrou a operação ‘Senza Titolo’, na manhã desta sexta-feira (21), para investigar um grupo criminoso que estaria coagindo uma instituição de ensino superior a emitir diplomas e outros documentos acadêmicos falsos. Foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão em Redenção, sendo 1 na Câmara Municipal e 3 em residências. O vereador Leandro Onofre (PSD), presidente do parlamento, foi preso.

“Durante a ação, um vereador foi flagrado com munição de uso restrito em desacordo com a determinação legal, além de ter em depósito arma em local diverso do permitido, motivo pelo qual foi preso. Além disso, foram apreendidas mídias eletrônicas e documentos de quatro investigados”, diz nota da Polícia Federal sobre o caso.

Leandro Onofre, do PSD, presidente da Câmara Municipal de Redenção (Foto: Reprodução / Instagram)

Por padrão, a PF não divulga nomes de investigados, mas era um dos poucos vereadores ausentes na sessão desta sexta-feira (21) e a casa dele foi um dos alvos da ação. A sessão não foi presidida por ele e foi conduzida pelo vice-presidente. Ao Fato Regional, a assessoria de Leandro Onofre informou que irá se posicionar em breve, por meio de nota pública oficial. O espaço segue aberto.

Pelas investigações, o parlamentar investigado, como diz a PF, “…teria apresentado, nas últimas eleições municipais, diploma falso do curso superior de administração, embora não fosse um documento obrigatório para a candidatura”.

A arma e munições encontradas na casa do vereador (Foto: Polícia Federal)

“A Instituição de Ensino que teria emitido os documentos falsos informou à Polícia Federal que está sendo vítima de uma organização criminosa que vem, reiteradamente, praticando o crime de falsificação de documentos, tais como: diploma, histórico escolar, declarações e outros documentos, não só no Pará, mas também em outros Estados”, conclui a nota da Polícia Federal.

O Fato Regional só trabalha com informações oficiais — repassadas por policiais e autoridades públicas ou que constem em boletins e registros oficiais de ocorrência —, respeitando o princípio da presunção de inocência. O espaço para a defesa dos citados em casos policiais, se os advogados ou envolvidos acharem conveniente manifestar-se, sempre será garantido, com amplo direito ao contraditório.

(VICTOR FURTADO, da Redação do Fato Regional)


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