sexta-feira, 26 de abril de 2024

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Preso em operação policial em Tucuruí é assessor do deputado Toni Cunha

O técnico de radiologia Leadro Maramaldo, que é pré-candidato a deputado federal, foi detido por tráfico de drogas. Ele secretário parlamentar do deputado estadual e delegado da Polícia Federal Toni Cunha (PSC)
Na foto, o material apreendido durante a operação policial deflagrada em Tucuruí; e o deputado estadual Toni Cunha | Reprodução
A Operação desencadeada em Tucuruí na última terça-feira (31) que prendeu três vereadores e um servidor público tomou mais uma reviravolta nesta quinta-feira (2). A operação realizada pela Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos vereadores Renan Aguiar (PV), Antonete Ferreira (PSDB) e Lucas Brito (PTB). O técnico de radiologia Leadro Maramaldo, que é pré-candidato a deputado federal, foi detido por tráfico de drogas. Todos os alvos da polícia são opositores da atual gestão do município e têm feito inúmeras denúncias contra a administração.

O objetivo era localizar documentos sigilosos e prontuários médicos furtados de uma unidade hospitalar na semana passada durante visita fiscalizatória por vereadores do município.

Entretanto, Leandro dos Santos Maramaldo, foi identificado como secretário parlamentar do deputado estadual e delegado da Polícia Federal Toni Cunha (PSC), como mostra o Portal da Transparência.  Leandro foi preso em flagrante por tráfico de drogas, durante a operação, depois de ter sido flagrado com 670g de material entorpecente.

Leandro dos Santos Maramaldo foi identificado como assessor parlamentar do deputado estadual Toni Cunha
 Leandro dos Santos Maramaldo foi identificado como assessor parlamentar do deputado estadual Toni Cunha | Reprodução/Portal da Transparência

A ação policial foi iniciada por volta de 6h do dia 31. Durante as buscas nos dois endereços do assessor, também pré-candidato a deputado federal, Leandro Maramaldo, foram encontradas as drogas que o fizeram ser conduzido para a 15ª Seccional Urbana de Tucuruí.

A prisão em flagrante de Maramaldo foi convertida, posteriormente pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), em “prisão preventiva”. O pedido de liberdade provisória feito pela defesa do preso foi indeferido.

Em defesa do suspeito

Após a prisão do assessor parlamentar e candidato a deputado federal, Cunha aproveitou o espaço na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para repudiar a operação policial em Tucuruí, alegando que as drogas foram “plantadas” na casa do suspeito.

O Sindicato dos Delegados do Estado do Pará repudiou as falas do deputado e as classificou como “caluniosas”.

Associação emite nota

Em nota a Associação e Sindicato dos Delegados de Polícia do Pará declarou que “vem a público repudiar e demonstrar total estupefação e indignação entre as falas caluniosas proferidas em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, pelo Deputado Estadual Toni Cunha, que pasmem, é Delegado da Polícia Federal, acusando os policiais civis de Tucuruí de “plantarem” drogas na casa de um candidato a Deputado Federal, apoiado pelo nobre parlamentar, o qual foi preso em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas – O Ministério Público representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, bem como manifestou-se pelo indeferimento do pedido de liberdade provisória feito pela defesa , requerimentos ainda em análise pela justiça.”

“Na ausência de argumentos para defender o indefensável, o Deputado sem nenhum tipo de pudor, quer culpar o mensageiro pela mensagem: quando seus apoiadores são pegos em ações criminosas, a culpa é da polícia que o prendeu e não do criminoso que cometeu o crime-“o pau que dá em Francisco, não pode dar em Chico”.

Parabenizamos todos os policiais civis que participaram da missão que culminou com a prisão em flagrante de um traficante, bem como, repudiamos todas as ilações maledicentes proferidas pelo Deputado, que como, afirmamos acima, tenta criminalizar o trabalho eficiente da polícia, na ausência de qualquer defesa minimamente plausível de seus apaniguados.”

 

 

 

 

Com informações DOL Carajás