terça-feira, 21 de maio de 2024

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Preso, Roberto Jefferson diz em carta que não vai usar ‘coleira de tornozelo

Na semana passada, a PGR enviou manifestação ao STF defendendo a ida de Roberto Jefferson para prisão domiciliar.
Brasília - Presidente Nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, fala à imprensa após reunião com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

Preso há 17 dias no Rio de Janeiro, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, divulgou na noite deste domingo, 27, uma segunda carta escrita à mão de dentro da cela. A mensagem foi postada por sua filha, a também ex-deputada Cristiane Brasil, no Twitter. No texto, Jefferson, diz não aceitar ir para uma possível prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

“Não aceito a coleira de tornozelo”, diz na carta. O aparelho de monitoramento, escreve, transformaria seu lar “num canil”.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a ida de Roberto Jefferson para prisão domiciliar.

Para a PGR, Jefferson deveria usar tornozeleira eletrônica e que a sua prisão preventiva fosse revogada. O parecer está assinado pela procuradora-geral Lindôra Araújo.

Na carta deste domingo, escrita à mão, Jefferson se dirige à mulher, Ana Lúcia Novaes, perguntando-se se estará solto até o próximo dia, 31, quando ela faz aniversário. Após várias declarações de amor, relata que leu sobre o parecer da subprocuradora-geral Lindôra Araújo que defende sua prisão domiciliar.

“Agradeço, mas não aceito. É mais uma afronta à minha honra. Preso por crime de opinião, numa decisão indecorosa e arbitrária tomada por um ministro suspeito [Alexandre de Moraes], pois litigante pessoal contra mim, que está requerendo execução antecipada da sentença condenatória de cem mil reais, por alegados danos morais, que repilo”, escreve o ex-deputado, em referência a ações que Moraes move contra ele, na Justiça de São Paulo, por danos morais.

“Não aceito a coleira de tornozelo. Vejo o Zé Dirceu e o Lula, condenados por grave corrupção em todas as instâncias, no mérito, flanando pelo Brasil, ameaçando as Igrejas, defendendo a tomada do poder pela força e armando coletivos vermelhos como na Venezuela, para violentar o povo cristão e patriota. Pior: ameaçando derrubar, pela força, o governo honesto do presidente Bolsonaro. E para mim, como para outros conservadores, prisão domiciliar com tornozeleira, transformando meu lar num canil. NÃO ACEITO. É desonra. Não me fará outra humilhação e afronta a abominável e lombrosiana figura do Alexandre de Moraes. Fico onde estou”, escreveu na carta.

No fim da carta, ele diz crer em Deus, para que “um Supremo renovado nos libertará da tirania atual”. “Profetizo que o povo cristão patriota, antes que seja tarde demais, com o seu rugido de liberdade, em 7 de setembro, nos livrará desses URUBUS que pousaram, com mau agouro, nas costas do Brasil”, diz a carta.

 

 

 

 


Fonte: Gazeta do Povo

Crédito: Divulgação/PTB Nacional