A Policia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 63 comprimidos de anfetaminas, em diferentes pontos da rodovia BR-316, no Pará. Foram três abordagens, ocorridas nesta terça-feira (22). A droga costuma ser usada por caminhoneiros, para suportarem fazer as viagens mais longas, no menor tempo possível, abrindo mão do necessário descanso a trabalhadores do transporte. A falta de sono pode fazer o motorista perder desmaiar de cansaço, resultando em acidentes graves.
A primeira apreensão foi em Cachoeira do Piriá. Ao ser abordado, o condutor apresentou olhos vermelhos e alteração de comportamento. Foi questionado se havia consumido alguma droga ilícita e confirmou o uso de três comprimidos de anfetamina do tipo nobésio extra-forte. No interior do veículo, foram encontrados 7 comprimidos. Ele informou ter ganhado de um amigo, num posto de combustível, no município de Santa Inês (MA). Foi verificado, pelo disco de cronotacógrafo, que o caminhoneiro estava dirigindo por mais de 30 horas, apenas com pequenas paradas.
Em Castanhal, nordeste paraense, os agentes da PRF abordaram um caminhão que estava a caminho de Ourém, também no Pará. O condutor, ao ser indagado sobre o uso de substancias ilícitas, afirmou estar em posse de uma cartela de 15 unidades de anfetamina. Entregou voluntariamente aos agentes.
Logo em seguida, no município de Capanema, durante abordagem a um veículo de carga, foram encontrados 41 comprimidos de nobésio extra-forte. O condutor informou ter comprado num restaurante em Roraima.
Foram lavrados Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) pelos flagrantes de porte de substância proibida para cada caso, nas delegacias dos municípios onde as abordagens ocorreram. Os condutores foram detidos pelos agentes e liberados após se comprometerem a comparecer em juízo quando convocados. As drogas foram apreendidas e encaminhadas a perícia.
Em nota, a PRF ressalta que “…apesar de que a anfetamina tem como uso principal o combate à obesidade, a substância tem a comercialização regulamentada ou proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.
“Entretanto, é comum ser utilizado o princípio ativo da substância pelos condutores de veículos que transportam cargas com prazo curto para entrega (frutas, verduras, legumes e cargas vivas) pelo efeito colateral, que é a perda de sono, a fim de sustentar longos períodos sem dormir, sendo comum os casos em que estes condutores permanecem mais de 24 horas dirigindo ininterruptamente”, conclui a nota.
(Da Redação Fato Regional, com informações da PRF)