A Secretaria Municipal de Saúde de Santos confirmou o primeiro caso autóctone de sarampo na cidade do litoral do Estado de São Paulo. A paciente, uma menina de 4 anos, não teve contato direto com o surto detectado no navio MSC Seaview, no aual um passageiro e uma servidora municipal que participou da investigação epidemiológica contraíram sarampo.
Conforme a pasta municipal, a doença foi detectada em amostras analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência do governo estadual. A menina é moradora do bairro do Macuco e tinha sido vacinada contra o sarampo. Ela começou a manifestar os sintomas clássicos da doença – febre, tosse, conjuntivite, coriza e manchas vermelhas – a partir do dia 26 de fevereiro.
O caso foi notificado pela unidade de saúde particular em que a criança foi atendida. A paciente não precisou de internação hospitalar e ficou em isolamento social, sem ir à escola no período da transmissão. Conforme a secretaria, após a suspeita da doença, foi feito o bloqueio do caso junto aos familiares mais próximos.
Nesta terça-feira, seguindo os protocolos de vigilância, foi feita a vacinação no entorno da residência da menina e na Escola Municipal Olívia Fernandes, onde ela estuda. A campanha contra o sarampo também foi ampliada na cidade. Além do público-alvo de 15 a 29 anos, as pessoas das demais faixas etárias podem reforçar a vacinação, independentemente do número de doses já tomado.
De acordo com o calendário do Ministério da Saúde, a primeira dose da vacina contra o sarampo é aplicada aos primeiros 12 meses e a segunda, de reforço, aos 15 meses. Dados da pasta municipal mostram que este ano já foram aplicadas quase 60 mil doses de vacina em Santos, número 123% maior que em todo o ano passado. Do total, 38 mil se destinaram a jovens e adultos na faixa de 15 a 29 anos.