sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Profissionais se aprimoraram para melhor atender às vítimas de violência sexual

Eles participam do 1º Workshop do projeto 'Minha Escola, meu Refúgio', parceria da Segup com a 1ª Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém
Policiais Militares em curso de capacitação no auditório Ismael Nery, no Centur, em Belém. Foto: Elielson Modesto / SEGUPA PA.

“Aqui nós estamos tendo a oportunidade de trocar conhecimento, nos atualizar sobre legislação e receber informações importantes, como o trato correto que se deve ter ao abordar uma vítima. Então essa manhã de aprendizado está sendo 100% eficaz”. A fala é do soldado da Polícia Militar Bittencourt, pertencente ao 30º Batalhão de Polícia Militar, localizado em Ananindeua, que participou do 1º Workshop do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, com o objetivo de promover um atendimento humanizado para as vítimas.

A capacitação aconteceu nesta sexta-feira (26), nos horários da manhã e da tarde no auditório Ismael Nery, no Centur, em Belém, e também de forma hibrida no youtube da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

Em momentos distintos a qualificação foi realizada para os profissionais de segurança pública do SIEDS, a exemplo de policiais civis que atuam Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), bombeiros militares, além de conselheiros tutelares, os atendentes do Disque Denúncia, Centro Integrado de Operações (Ciop) e profissionais de educação. O 1º workshop ocorre, especialmente, para os grupos que atuam no Territórios pela Paz, na capital.

De acordo com o coordenador da Diretoria de Prevenção Social da Violência e da Criminalidade (Diprev), Capitão Rodrigo Vale, é necessário conscientizar a população sobre o crime, muitas vezes velado e propagar a forma correta de atuação entre os agentes. “Durante o evento foi abordado a como identificar os sinais nas escolas, dentro de casa, como abordar essas crianças e qual o fluxo de atendimento que deve ser tomado, por exemplo. Este é um tipo de crime onde há muita subnotificação, então é necessário treinar esses agentes, principalmente para que eles se tornem multiplicadores, para que possam levar isso pras escolas, para que possam levar isso para as comunidades, principalmente”, destacou o diretor.

Parceria – O projeto “Minha Escola, Meu Refúgio” idealizado pela 1ª. Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém possui foco nas escolas com o principal objetivo levar aos educadores e profissionais da educação, instruções técnicas de sinais que abuso sexual vem sendo praticado contra os estudantes, já que as instituições de ensino são consideradas a segunda casa de crianças e adolescentes, bem como instruções básicas de quais são os meios de denúncia, onde o trabalho da segurança pública torna-se evidente não só no sentido repressivo, quanto em maior relevância no sentido preventivo.

A titular da 1ª Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, juíza Mônica Maciel Soares. Foto: Elielson Modesto / SEGUPA PA

A titular da 1ª. Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, juíza Mônica Maciel Soares Fonseca, lembra que a maioria dos casos ocorre dentro do ambiente familiar, lugar este que deveria zelar pela integridade física e mental dos menores, especialmente, e informa que acredita no fortalecimento da rede de proteção e acolhimento para que casos de violência sexual não mais ocorram.


“Lembramos que quase 90% dos casos ocorrem em ambiente intrafamiliar, praticado por quem tem o dever legal de proteger essas vitimas, mas violam esse direito. A partir da parceria do projeto com o Terpaz, Segup, nós estamos ampliando a abrangência do “Minha Escola, Meu Refúgio” tanto para guardas municipais, bombeiros, policiais civis e conselheiros tutelares e depois também policiais militares. Todos aqueles que têm o contato direto, precisam ter esse olhar humanizado e ter essa escuta e saber como conduzir porque as vitimas estão fragilizadas e se a rede de proteção se fortalecer isso vai causar um efeito muito positivo, não somente para a punição do agressor, mas também dar uma proteção a essa vitima e os encaminhamentos necessários”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Agência Pará