sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Projeto das Fake News pode ser votado em até quatro semanas, diz Maia

A construção do texto é conduzida pelos deputados federais Felipe Rigoni (PSB-ES) e Orlando Silva (PCdoB-SP)
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o projeto de lei que visa a combater a disseminação de fake news pelas redes sociais pode ser votado em até quatro semanas pela Casa. De acordo com o presidente da Câmara, com o modelo de votação remoto, a Casa tem tido mais agilidade na apreciação das matérias e um dos empecilhos ao cumprimento do prazo é a formação de uma maioria em plenário contra o texto.

Segundo Maia, a previsão é de que haja a apresentação de um consenso do grupo de trabalho que se debruça sobre o tema em até duas semanas, e, a partir de então, mais duas semanas para que seja encaminhado e votado em plenário. A construção do texto é conduzida pelos deputados federais Felipe Rigoni (PSB-ES) e Orlando Silva (PCdoB-SP).

Sobre a possibilidade de veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto, Maia disse não ver problema no direito de Bolsonaro de não sancionar o texto. “Cabe sempre a palavra final ao Parlamento”, afirmou Maia, que participou nesta manhã (8) de evento sobre o assunto promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Proteção de Dados

Rodrigo Maia avalia que a Autoridade Nacional de Proteção da Dados (ANPD), órgão criado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), terá um papel importante e disse que seria melhor se a agência não estivesse subordinada a qualquer governo.

Segundo Maia, a agência deveria ter um papel mais independente. “Quem tiver o comando dos dados, talvez tenha o comando do País”, disse. “Foi o presidente Michel Temer quem mandou a medida provisória criando uma agência debaixo da estrutura do governo. Acho que foi uma decisão errada”, ressaltou.


De acordo com o presidente da Câmara, estão sendo construídos mecanismos no Congresso para viabilizar a independência da ANPD do Executivo.

 

 

Fonte: O Liberal, por Agência Estado