Professores e gestores da escola municipal Professor Deilton Dias da Silva, no Residencial JP em Ourilândia do Norte, foram apresentados à proposta de implementação da Supervisão Militar Educacional (SUME). É um trabalho conjunto com a Polícia Militar do Pará, que apoia escolas com um programa de reforço educacional complementar. A Sume foi aplicada em uma escola de Marabá e teve tanto sucesso que o projeto cresceu e se tornou uma das melhores unidades educacionais da região e uma referência.
Nesta quinta-feira (8), o prefeito Dr. Júlio César (Avante) e o secretário municipal de Educação, José Leite, promoveram um encontro com a comunidade escolar da Professor Deilton Dias da Silva, candidata a projeto piloto da SUME em Ourilândia. Participaram da reunião o vice-prefeito Alessandro Machado (Avante); o tenente PM Medeiros, representando a corporação; a vereadora Auderisa de Oliveira Alencar (DEM); e a diretora da escola, Eliete Pereira.
“Essa parceria entre a Prefeitura de Ourilândia, Polícia Militar e Câmara Municipal pode trazer à cidade a primeira com supervisão militar. Uma metodologia que já é consagrada no Brasil e no mundo. Tenho certeza que essas propostas a serem implantadas vão contribuir muito para a educação das nossas crianças. Vão capacitar para o futuro e para o mercado de trabalho. Vai também dar mais tranquilidade aos professores para entregar sua própria metodologia de ensino. Só tenho a agradecer a todos que se envolveram para fazer essa proposta acontecer “, declarou o prefeito Dr. Júlio.
A proposta de implementação da SUME ainda será apresentada à Câmara Municipal de Ourilândia do Norte. A previsão é de que o projeto seja apreciado pelo parlamento municipal na semana que vem. Uma conversa inicial já foi feita com o comandante-geral da PMPA, coronel Dilson Júnior, em Belém. “A Polícia Militar atuará no auxílio aos professores da escola. É no ensinamento de disciplina e enfrentamento de algumas questões sociais problemáticas. A escola contará com uma viatura de apoio no bairro. É um projeto de suma importância, pois trata, com mais disciplina a formação dos nossos futuros cidadãos e profissionais de diversas áreas”, comentou o tenente Medeiros.
Na prática, como explica explica o secretário José Leite, a SUME é uma complementação ao trabalho já desempenhado pela escola. Não haverá interferência no currículo. Algumas rotinas serão mudadas para a implementação de uma disciplina semelhante à de militares. Quase todas as atividades específicas do programa serão desenvolvidas após as aulas regulares, num segundo turno. Entre as atividades estão palestras, oficinas e aulas de reforço. De modo geral, a presença de policiais militares será quase permanente na escola, o que reforça a segurança em toda a comunidade.
“As atividades complementares serão desempenhadas por policiais militares no horário de folga deles. Ou seja, não há prejuízo ao policiamento. Aqueles que quiserem trabalhar no projeto, serão capacitados para lidar com essas atividades junto às crianças. Não se trata de criar uma escola militar. A escola continuará com o mesmo nome. O projeto deu muito certo em Marabá e lembra o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), da Polícia Militar de Minas Gerais”, explica Leite. Os dois projetos têm como inspiração o programa estadunidense DARE (Educação de Resistência ao Abuso de Drogas, na sigla em inglês).
(Da Redação Fato Regional)