terça-feira, 7 de maio de 2024

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Projeto de vacina contra malária apresenta 77% de eficácia

Os novos resultados da eficácia do imunizante, foram publicados na revista científica The Lancet
Crédito: Ilustrativa/Freepik

A Universidade de Oxford anunciou na sexta-feira, 23, um projeto de vacina contra a malária que demonstrou 77% de eficácia sem precedentes, através de testes clínicos realizados na África, o que anuncia um avanço na luta contra a doença que mata principalmente crianças.

De acordo com o anúncio, a vacina R21 / Matrix-M é a primeira a atingir a meta de eficácia de 75% que é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que colabora em seu desenvolvimento junto a farmacêutica americana Novavax.

Os novos resultados da eficácia do imunizante, foram publicados na revista científica The Lancet, e “dão grande esperança sobre o potencial dessa vacina”, conforme destacou o professor Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner em Oxford, que também é o responsável pelo desenvolvimento da vacina contra covid-19 com AstraZeneca.

O soro, que pode ser aprovado para uso definitivo em dois anos, dá esperança diante dos temores de que a malária acabe por se tornar resistente aos tratamentos. A doença que em 2019, matou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, e que dois terços delas eram crianças com menos de cinco anos. A maioria dos casos (94% das 229 milhões de infecções no mundo) e mortes ocorrem na África, segundo a OMS.

Conforme um ensaio clínico de fase dois de 2019 com 450 crianças de 5 a 17 meses em Burkina Faso, o imunizante da Universidade de Oxford foi 77% eficaz nas que receberam uma dose mais alta do soro e 71% nas que receberam uma dose mais baixa.

Segundo o estudo, os efeitos colaterais graves não foram observados e, 4.800 crianças já foram recrutadas em quatro países africanos para participarem da fase final dos ensaios clínicos.

O imunizante pode ser fabricado em grande escala e com baixo custo, contou os idealizadores. Uma parceria com o Serum Institute of India (SII), que também é responsável pela produção da vacina contra o coronavírus da Oxford / AstraZeneca, permitirá que “cerca de 200 milhões de doses sejam fabricadas anualmente nos próximos anos”, informou Hill. Outra vacina, desenvolvida pela britânica GSK, já foi administrada em 650 mil crianças desde 2019 em Malawi, Gana e Quênia como parte de um programa piloto da OMS.


No entanto, sua eficácia é menor, prevenindo 4 em cada 10 casos de malária e 3 em cada 10 casos de malária grave com risco de vida.

 

Com informações do R7