segunda-feira, 6 de maio de 2024

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Projeto Estação Conhecimento, mantido pela Vale, transforma a vida de pessoas com deficiência através do esporte

As estações, além de esporte, promovem diversas outras atividades para as famílias das cidades onde a Vale atua e de acordo com as políticas públicas do Governo do Pará e das prefeituras
Werber sonha em ser professor de Educação Física (Foto: Acervo EC Marabá)

Mantidas pela Fundação Vale, o projeto Estação Conhecimento do Pará reúne espaços dedicados ao atendimento integral de famílias residentes em municípios onde a mineradora atendidas. Cada estação promove atividades gratuitas alinhadas às políticas públicas do Governo do Pará e das prefeituras. O trabalho é realizado por equipes multiprofissionais, em conjunto com a rede de proteção social de Marabá e Tucumã, na regiões sudeste e sul do estado. E pessoas com deficiência têm sido beneficiadas com vários programas.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2022, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), aponta que o Brasil possui 18,6 milhões de pessoas com deficiência. Cerca de 8,4% delas vivem no Pará. Em Tucumã, Hudisson Gomes Rocha, de 12 anos, faz parte desse público. E tem se beneficiado com as atividades esportivas promovidas pela Estação Conhecimento que fica no município.

“O esporte favorito dele é futebol. Tem ajudado bastante no desenvolvimento do meu filho, que há seis anos é atendido pela instituição”, afirma Lusinete Gomes dos Santos, mãe de Hudisson. 

“Um dos diferenciais da Estação é que ela faz a inclusão de todos os componentes da família, da criança ao idoso. Além de ofertar atividades esportivas, ela promove cultura, educação, assistência social e saúde. Também está envolvida em conselhos de direitos, participando da discussão de políticas públicas e contribuindo para o desenvolvimento dos territórios”, explica Audileide Oliveira, diretora da Estação Conhecimento Marabá.

Hudisson faz futebol na EC Tucumã (Foto: Acervo da Estação Conhecimento Tucumã)

Em Marabá, Werber Lima, que tem paralisia cerebral, também é um dos atendidos na Estação Conhecimento da cidade. Ele é corredor de rua. Aos 29 anos, ele coleciona 86 medalhas e quatro troféus. Neste ano, o amor ao esporte o levou de volta para a sala de aula. O motivo é que Werber agora sonha em ser professor de Educação Física e ajudar na inclusão de outras pessoas a partir do esporte.

O jovem é atendido desde 2014 pela Estação Conhecimento Marabá, instituição que oferece gratuitamente atividades de educação, cultura e esporte no contraturno escolar, tendo como principal público crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O espaço é mantido pela Fundação Vale e conta com patrocínio da Vale via Lei de Incentivo ao Esporte. Atualmente, o Pará conta com duas Estações Conhecimento, uma em Marabá e outra em Tucumã, somando 2,2 mil pessoas atendidas.

Para Socorro Lima, a vida do filho teria sido diferente longe das pistas de atletismo. “Sem o esporte, ele não teria alcançado esse desenvolvimento, porque minha condição era precária. Por isso, sou muito grata a instituições como a Estação Conhecimento”, conta a mãe. Ela complementa: “Quando ele era criança, não imaginava que Werber seria essa pessoa independente de hoje. Muita gente dizia que ele nunca iria caminhar, mas hoje é um atleta com 86 medalhas”.

Atividades estimulam socialização e novos vínculos

Quem faz atividade física regularmente experimenta muitos benefícios. Os ganhos com a prática vão além do bem-estar físico e, no caso de pessoas com deficiência, segundo Vinicius de Oliveira Flain, educador físico na Estação Conhecimento Marabá, contribui significativamente para a inclusão social dos praticantes.

“Ao inserir as pessoas com deficiência no esporte, elas não apenas colhem benefícios típicos da atividade, como melhoria da aptidão cardiovascular, fortalecimento muscular e promoção da saúde mental, mas também experimentam um fortalecimento valioso na esfera da interação social. A prática esportiva se configura como um poderoso catalisador para a quebra de barreiras sociais, promovendo a integração e a aceitação em comunidades diversas”, explica o professor.

Jéssica Moraes da Silva, de 12 anos, é um exemplo de como o esporte pode ajudar a vencer a timidez. Como Werber, ela também tem paralisia cerebral. “Minha filha gosta muito de participar das atividades. Ela faz dança e atletismo e recebe o acompanhamento de terapia ocupacional e fisioterapia na Estação. No início, era mais tímida. Agora consegue fazer amigos e gosta muito de conversar”, comenta a mãe, Milene Moraes.

(Da Redação do Fato Regional)


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