A iniciativa nacional Máscara + Renda, da Fundação Vale e da Rede Asta, já beneficiou 337 costureiras paraenses, em Belém, Marabá, Canaã dos Carajás e Ourilândia do Norte. O projeto foi lançado no ano passado, para dar oportunidade de protagonismo e autonomia financeira a mulheres que perderam a fonte de renda em meio à pandemia. Mais de 1,9 mil costureiras e artesãs já foram mobilizadas em todo o Brasil. Essas trabalhadoras, em situação de vulnerabilidade social, movimentaram R$ 5 milhões em renda.
As costureiras e artesãs produziram, em sete meses, mais de 2 milhões de máscaras. Os itens essenciais de segurança contra covid-19 estão sendo doados para 800 organizações sociais responsáveis por distribuir em bairros periféricos, comunidades indígenas e quilombolas, favelas e regiões que mais necessitam, em 245 cidades do Pará, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Ceará, Tocantins, Pernambuco, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Norte, Sergipe, Ceará, Alagoas, Mato Grosso e Piauí, além do Distrito Federal.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 45% dos lares brasileiros são mantidos, principalmente, por mulheres. Além de promover a inclusão produtiva dessas trabalhadoras, a iniciativa contribui com a disseminação da cultura de prevenção à covid-19. Com investimento inicial de R$ 5,5 milhões da Fundação Vale, a iniciativa foi ampliada com a adesão de novos parceiros e já conta com mais de R$ 11 milhões investidos.
“O Máscara + Renda gera remuneração para mulheres em situação de vulnerabilidade e, com isso, trabalha também a autoestima e o empoderamento dessas costureiras e artesãs, muitas delas responsáveis pela principal fonte de renda da família. Não sabíamos que a pandemia duraria tanto tempo e hoje confirmamos que a iniciativa se mantém importante. E que a rede de parceiros que se formou em torno dele foi fundamental, pois um projeto colaborativo alcança resultados mais potentes”, avalia a diretora-executiva da Fundação Vale, Pâmella De-Cnop.
Às costureiras e artesãs paraenses, o projeto doou a matéria-prima para a confecção de máscaras de tecido e adquiriu toda a produção de 2020, gerando o total de R$ 886.500,00 em renda para as mulheres envolvidas no estado. Até dezembro, mais de 490 mil máscaras foram produzidas e destinadas a 60 instituições paraenses e também comunidades indígenas.
Hellen Fabiana Gomes Mendonça, coordenadora regional substituta da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Baixo Tocantins, observa que por serem mais vulneráveis à doença, proteger essas comunidades indígenas virou um desafio. A doação de máscaras foi essencial. “A Vale continua apoiando as comunidades indígenas, desta vez doando máscaras de tecidos, itens fundamentais para os indígenas durante esse difícil período de pandemia. Com parcerias, a Funai em Marabá ganha fôlego para vencer essa batalha”, aponta.
Balanço, histórico, metas da iniciativa e apoio
Para Alice Freitas, cofundadora da Rede Asta, o projeto Máscara + Renda tem sido uma grande oportunidade para conhecer o Brasil de maneira mais profunda e pelo olhar das artesãs. “A gente trabalha com mais de 1.900 costureiras de todas as regiões do país. São mulheres guerreiras, muitas delas vivendo em situação de alta vulnerabilidade, amplificada pela pandemia da covid-19, e que estão recebendo três meses de renda para que possam se repensar e se reimaginar. Mais do que renda, é preciso entregar oportunidades”, afirma.
A Rede Asta é uma organização social que existe há 15 anos. Hoje, é uma empresa B Lab certificada com a missão de gerar renda para artesãs e costureiras do Brasil, sempre trazendo visibilidade, conhecimento e empoderamento financeiro. No início da pandemia, a Rede Asta lançou o localizador de máscaras, ferramenta online em que pessoas físicas compram direto das artesãs e costureiras que estão produzindo em casa.
O Máscara + Renda é uma realização da Fundação Vale e da Rede Asta, em parceria com a Wheaton Precious Metals, Petrobras, USAID, NPI Expand, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e SITAWI Finanças do Bem e BRK Ambiental. São coparceiros da iniciativa: Yara, Suzano, Instituto Alcoa, Ultragaz, Eletrobras, GWC Foundation e Ford Motor Company Fund, Komatsu, Trafigura Foundation, Contour Global, Arcadis, Cummins e DCML, Della Volpe, Engie, Klabin, VIX Logística, SAP e Microsoft e Instituto Eldorado. São apoiadores: Agenda Pública, EDF Norte Fluminense e Dow Química.
No Pará e Maranhão, uma parceria firmada entre Vale e Suzano permitiu a ampliação do projeto Máscara + Renda, a partir da seleção do projeto em um edital de fomento da Plataforma Parceiros da Amazônia (PPA), da qual as empresas são membros. A plataforma destinou, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), mais R$ 1,8 milhões à iniciativa.
O Máscara + Renda conta ainda com o apoio dos parceiros mobilizadores: Vale, Coletivo COVID Radar, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Câmara de Comércio França Brasil, Deloitte, Instituto Acende Brasil, Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Federação de Indústrias do Espírito Santo (Findes), Federação de Indústrias do Pará (Fiepa), SIMINERAL, União ES e Women in Mining Brasil.
(Da Redação Fato Regional, com informações da Vale)