Quarenta famílias estão desalojadas, após sete horas de chuvas entre a madrugada e a manhã desta terça (3) em Parauapebas, no sudeste do estado. As famílias foram encaminhadas para casas de amigos e parentes, segundo a prefeitura do município.
Em nota, a prefeitura disse que equipes da Coordenadoria de Defesa Civil (Comdec) estão desde as primeiras horas no atendimento às famílias que vivem em área atingidas.
A Defesa Civil informou, em relatório parcial, que o nível do rio de Parauapebas subiu 57 centímetros e chegou a 8,47 metros e que os bairros afetados são Novo Brasil, Rio Verde e Minérios. A chuva também elevou o nível do igarapé Ilha do Coco, que corta a cidade.
Foram registrados 26 pontos de alagamentos e inundações. Um abrigo deve atender famílias que ficarem desabrigadas, segundo a prefeitura.
Em um dos bairros mais afetados, Novo Brasil, casas ficaram submersas e famílias, ilhadas. O Corpo de Bombeiros agiu para ajudar moradores como o pedreiro José Ilton, que conseguiu salvar apenas uma geladeira e alguns objetos pessoais. “As outras coisas ficaram lá, está tudo boiando dentro da casa, só fiz fechar as portas para aproveitar alguma coisa depois”, disse.
Segundo a prefeitura, a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) disponibilizou um barco para o trabalho da Defesa Civil e a de Obras (Semob) e de Serviços Urbanos (Semurb) trabalharam na limpeza de canais e bueiros.
Agentes de trânsito também foram enviados às ruas para orientar condutores. Na região central da cidade, os alagamentos deixaram o tráfego perigoso. Os veículos tiveram de ser desviados e muitos motoristas acabaram se arriscando e entrando na água.
Para o soldador Dalberto Silva, os prejuízos deveriam ser evitados. “Todo ano vai ter chuva, mas desse jeito aqui? Uma pouca chuva dessa aqui e entrou água dentro das casas, arrebentando tudo. Quem vai indenizar essas pessoas?”, afirmou.
A Defesa Civil informou que continua dando assistência à população e que há previsão de chuva as próximas 72 horas. Em caso de emergência, o órgão deve ser acionado pelos telefones (91) 3356-2597 ou 199.
Fonte: G1 Pará