sábado, 18 de maio de 2024

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Quase 90% dos inquéritos instaurados em 2022 no Pará foram solucionados, diz estudo

Com dados de 2022 até julho deste ano, o levantamento da Adepol mostra Pará como destaque em solução de crimes na região Norte, que de modo geral, tem índice de solução de casos de 61%
A Polícia Civil do Pará tem destaque na região Norte na resolução de inquéritos instaurados em 2022, no período até julho deste ano (Foto: Marco Santos / Agência Pará / Imagem Ilustrativa)

Pesquisa feita pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) mostra que o Pará foi o estado da região Norte que mais solucionou inquéritos policiais instaurados em 2022. O levantamento aponta que desde o ano passado até julho deste ano, 89,59% das investigações chegaram a uma conclusão. O índice é superior à média regional, de 61,21%.

Ainda na região Norte, Rondônia é o segundo estado com maior índice de resolução de crimes: dos inquéritos instaurados em 2022,  80,93% foram concluídos até julho desse ano. O Amapá aparece em terceiro lugar, com 74,5% de índice de conclusão.

Filtrando especificamente os casos de homicídios e violência doméstica, o Pará sai do ranking de três estados com melhor desempenho na região Norte. Rondônia elucidou 79,15% dos casos de homicídio e 91,11% de violência doméstica. Roraima solucionou 93,65% do casos de homicídios e o Amapá 66,5% dos homicídios e 93% dos casos de violência doméstica.

Rodolfo Queiroz Laterza, delegado e presidente da Adepol, explica que o levantamento é feito a pedido da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados desde 2021. “Baseado em fontes oficiais, com dados fornecidos diretamente por cada instituição policial demandada, esse é um estudo inédito e embasado sobre os índices de resolutividade e elucidação de inquéritos policiais das Polícias Civis e da Polícia Federal”, diz Laterza.

O delegado Rodolfo Laterza, presidente da Adepol, afirma que a resolução de crimes no Brasil é superior a alguns países mais desenvolvidos (Foto: Assessoria de Imprensa)

 

O levantamento usou dados que constam nas bases das instituições de Polícia Civil do Brasil. As médias foram tiradas entre inquéritos instaurados e relatados e indicadores de resolução. Foram levantados inquéritos de crimes de homicídio, contra o patrimônio e violência doméstica. Na média nacional, o índice de resolução de crimes é de 64,16%.

“No âmbito da Polícia Federal, o índice de resolução de inquéritos em 2021 foi de 81,29%, e dos relatados até 31/08/2022, 82,31% tiveram solução. Já os indicadores de crimes de homicídio, art. 121 e seus parágrafos, o índice de solução foi de 78,38% em 2021 e 80,46% em 2022, números comparáveis àqueles apresentados pelos EUA, 66%, e superiores aos Inglaterra, 7,8%” explica o presidente da Adepol.

Na visão da Associação, a metodologia aplicada e os quesitos apresentados produzem um rico substrato documental e estatísticos das instituições, abrangendo, inclusive, o déficit de efetivo, o subfinanciamento crônico e o sucateamento progressivo das Polícias. “Esses números são significativos e podem ser atribuídos ao trabalho abnegado e dedicado de todos os servidores das Polícias Civil e Federal”, conclui Laterza.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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