O governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva vai redesenhar o Auxílio Brasil nos moldes do Bolsa Família. O programa, que mudou de nome na gestão de Jair Bolsonaro (PL), vai ser rebatizado pelo petista e voltará a exigir “condicionalidades” para o beneficiário ter acesso à transferência de renda.
A informação foi confirmada pela coordenadora do grupo de assistência social no governo de transição, Tereza Campello, ao portal UOL na semana passada.
“Não vamos fazer alterações bruscas. O presidente vai assumir, chamar prefeitos, chamar a rede de assistência social, conversar com a sociedade para retomar esse processo de reconstrução do Bolsa Família, seja do ponto de vista da equidade, olhando a composição da família. Agora, as condicionalidades, vamos retomar imediatamente”, afirmou. Ela foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff (2011 a 2016).
A reportagem apurou que também está no radar do próximo governo fazer um pente-fino nos participantes cadastrados no programa.
“Os R$ 600 serão mantidos. Vamos fazer construção para começar a retomar a cara do Bolsa Família, que olhava também a composição familiar. Tivemos um problema de destruição do desenho do Bolsa Família”, disse Campello.
“Hoje um homem que mora sozinho e uma mãe com duas crianças com menos de três anos de idade ganham a mesma coisa, R$ 600. Um ganha R$ 600 per capita e outro R$ 200 per capita”, afirmou. “Precisamos retomar esse desenho [do Bolsa Família], garantir mais equidade”, finalizou.