O agronegócio regional no Pará teve crescimento de 63% nos investimentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), intermediado pelo Banco da Amazônia, cujas aplicações quase dobraram de 2018 para 2019. Foram investidos, na região Norte, R$ 4,05 bilhões no ano passado, ante os R$ 2,70 bi em 2018. Apenas no Pará, o órgão aplicou R$ 1,48 bilhão, contra R$ 909,84 milhões no ano anterior.
Um dos motivos para o crescimento nas aplicações é que o banco tem taxas baixas. Nas operações de investimento, a taxa anual para os mini, pequeno e pequeno-médio empreendedores pode chegar a 5,43%. Para os de médio porte, a taxa anual pode ser de 5,81%, enquanto os empreendedores de grande porte contam com anuais na ordem de 6,19%.
As taxas cobradas em operações de custeio e comercialização são as seguintes: 5,55% para os empreendedores de porte mini, pequeno e pequeno-médio; 5,97% para os de médio porte; e de 6,38% para os empreendedores de grande porte; todos com bônus de adimplência.
Quem tem negócios voltados à ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns, operações florestais, proteção ao meio ambiente, recuperação de pastagens e áreas degradadas, atividades sustentáveis e inovação tecnológica, a taxa anual é de 4,92% com o bônus. Já para os agricultores familiares, as taxas variam entre 3% e 4,6% para quem utilizar recursos do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Se os recursos vierem via Pronaf A ou B, a taxa anual é de 0,5%. Caso sejam via Pronaf A/C, a taxa é de 1,5% ao ano.
Conforme mencionou o presidente do banco, Valdecir Tose, grande parte da economia do Norte é constituída pelo agronegócio. “Investimos muito mais no setor rural na região Norte e isso foi muito significativo”, comentou. O presidente ainda disse que, com a contratação recorde de 2019, o Banco da Amazônia ampliou sua participação no crédito rural regional. “Houve um crescimento em todas as unidades federativas do Norte, o que contribuiu para que nossa presença no agronegócio crescesse da ordem de 28%, em 2018, para 36%, em 2019”.
O diretor comercial do banco, Francimar Maciel, disse que o avanço é resultado da modernização tecnológica da instituição, do esforço da área comercial, realização de parcerias estratégicas e da simplificação das análises socioambientais e de crédito. “O projeto em parceria com a startup Terras foi realmente um diferencial, virando referência no mercado e obtendo reconhecimento inclusive internacional. Isso demonstra a nossa preocupação e, sobretudo, responsabilidade na concessão do crédito sem agredir o meio ambiente”, comentou o diretor.
Para os próximos anos, as expectativas são positivas. O presidente da instituição acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) da região Norte pode crescer até 5%, principalmente nos setores de infraestrutura e agronegócio. A alta pode ser puxada pelo polo industrial de Manaus, a indústria mineral e os investimentos logísticos no Pará, a regularização ambiental e fundiária em Roraima e Amapá, e o crescimento do agronegócio em Rondônia, Tocantins e no Acre.
Fonte: O Liberal