A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, que compreende os municípios de São Félix do Xingu e Altamira, terá o plano de manejo retomado após 17 anos. O anúncio foi feito durante reunião entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e representantes da Associação Agropecuária dos Produtores das Terras do Meio (Xinguri).
A APA Triunfo do Xingu foi criada em 2006, com mais de 1,6 milhão de hectares. É uma área de grande importância ecológica, que integra o grande Mosaico de Áreas Protegidas da Terra do Meio, constituído por UCs federais e estaduais e Terras Indígenas. Nos últimos anos, o desmatamento ilegal tem sido uma das maiores preocupações na área.
Na reunião, o Ideflor-Bio apresentou aos produtores da Xinguri — sediada em São Félix do Xingu — os benefícios da adoção de práticas do manejo florestal, o plantio agroflorestal e a recuperação de áreas degradadas. Também foram discutidas alternativas para a diversificação da produção e o aumento da produtividade, sem a necessidade de desmatamento. Outro tópico foi a regularização fundiária.
Composta por todos os segmentos da agricultura que atuam na Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável, a Xinguri se mostrou receptiva às propostas. Marcely Duarte, presidente da entidade, informou que em março deste ano houve uma reunião com aproximadamente 3 mil produtores da região, quando foi formalizado um pacto pelo desmatamento zero na UC.
O gerente da Região Administrativa do Xingu, Dilson Lopes, destacou na reunião a importância da parceria entre o Instituto e os produtores rurais. “A conservação ambiental é um desafio que deve ser enfrentado em conjunto. Com o comprometimento de todos que habitam a APA Triunfo do Xingu, estamos dando um grande passo rumo ao desenvolvimento sustentável da região”, afirmou.
“Parceria entre as partes envolvidas é fundamental para alcançar resultados positivos e garantir um futuro sustentável para a região, conciliando desenvolvimento agrícola com a preservação ambiental”, disse o diretor de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação, Clésio Santana.
(Da Redação do Fato Regional)
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