Ronaldinho Gaúcho e o irmão e empresário Assis foram presos no Paraguai, na noite desta sexta-feira, quando se preparavam para deixar o país. A dupla foi detida no hotel Sheraton, na capital Assunção, após uma grande reviravolta no caso envolvendo o uso de passaportes falsos.
O caso parecia ter sido resolvido quando o Ministério Público do Paraguai havia declarado que tanto Ronaldinho como Assis estariam livres de qualquer tipo de processo por terem colaborado integralmente com as investigações da polícia local. Entretanto, a tese foi recusada pelo juiz Mirko Vallinotti, que interrogou os dois brasileiros por seis horas nesta sexta.
A excelência concedeu um prazo de dez dias para uma nova investigação do MP paraguaio, exigindo um parecer definitivo sobre a situação dos dois investigados ao fim do processo. Entretanto, como estavam sem impeditivo legal de deixar o país, Ronaldinho e Assis planejavam retornar ao Brasil na madrugada de sexta-feira para sábado. Todavia, o juiz emitiu um pedido de prisão para os dois, garantindo que eles permaneçam no país até o fim das investigações.
ENTENDA O CASO
Ronaldinho e Assis chegaram ao Paraguai na quarta-feira para realizar ações publicitárias de um livro, sendo recebidos com festa logo no aeroporto de Assunção. Eles apresentaram passaportes falsos logo no desembarque, que afirmavam que os dois eram paraguaios naturalizados, o que é mentira. Os policiais notaram a veracidade duvidosa dos documentos na hora, mas optaram por não realizar as prisões de imediato para não gerar um grande alvoroço no local.
Na madrugada de quarta-feira para quinta, uma equipe policial chegou no local onde os dois brasileiros estavam hospedados para realizar uma investigação, onde encontraram os dois passaportes falsificados. Tanto Ronaldinho como Roberto foram levados à uma delegacia para prestar depoimentos.
O Ministério Público culpou o empresário Wilmondes Sousa Lira, que teria sido acusado de confeccionar os documentos falsificados, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero por participarem do esquema. Todavia, Ronaldinho e Roberto Assis teriam sido enganados e, por colaborarem com detalhes ricos à investigação e admitirem culpa no caso, foram enquadrados no esquema de critério de oportunidade pela promotoria paraguaia, que os deixariam livres de qualquer processo judicial no país.
Ronaldinho Gaúcho teve seu passaporte apreendido no dia 2 de novembro pela justiça brasileira por uma dívida por uma multa devido a dano ambiental por ter construído um trapichê em uma área de preservação sem permissão em Porto Alegre, no ano de 2015. Durante o processo, eles foram acusados de serem omissos durante o processo e rejeitado todas as intimações durante o caso.
O motivo do uso dos passaportes é desconhecido até o momento, já que por conta de um acordo entre os países da Mercosul, para entrar no Paraguai é necessário apresentar apenas um RG.
Fonte: LANCE!