Nesta semana, a imprensa brasileira revisitou a história de Marcos Paulo da Silva, mais conhecido pelo apelido de “Lúcifer”, nome que ele tatuou no peito. Ele está preso em São Paulo há 20 anos. As penas por pelo menos 50 homicídios, com requintes de crueldade e confessados por ele — com orgulho —, somam mais de 217 anos de encarceramento. As vítimas? Membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção da qual fazia parte.
“Lúcifer” era conhecido como um matador do PCC, facção para a qual foi recrutado, em 1995, após ser preso por furtos e roubos. Atuava como executor de rivais da organização dentro e fora dos presídios. Mas foi em 2013, ao se decepcionar com os “ideais originais” do grupo — que em tese nasceu para proteção de direitos dos presos e, segundo ele, passou a se preocupar apenas com dinheiro — que resolveu punir os antigos “irmãos”.
Toda a história é contada por ele mesmo, em confissões nas diversas investigações das quais ele é alvo e em audiências gravadas no sistema judiciário. Quando passou a enxergar o PCC como um inimigo, fundou a “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho”. Esse nome provoca terror entre os mais “cascudos” criminosos do país, principalmente na região sudeste do Brasil. “Lúcifer” foi formalmente diagnosticado com psicose.
As primeiras mortes que receberam o selo “Cerol Fininho” de crueldade nos presídios de São Paulo foram registradas em em fevereiro de 2015. Corpos começaram a ser encontrados com ferimentos profundos, decapitados e eviscerados. Cenas dignas de filmes de terror, como apontam os policiais e agentes prisionais que conheceram de perto as ações de “Lúcifer”. Nos cenários, Marcos Paulo escrevia “Cerol Fininho” com sangue das vítimas.
“A nossa luta se sobrepõe a essa liberdade física. É melhor lutar. Prefiro morrer lutando do que viver curvado para os outros. Não vou me curvar a ninguém. A liberdade física é um dos meus últimos planos. A nossa luta é exterminar esses caras. Em qualquer lugar que eu estiver vão morrer, se não for pelas minhas mãos será a mando meu. A liberdade não é só física. Espiritual e psicologicamente eu estou liberto. Fisicamente preso”, declarou “Lúcifer”, em uma audiência.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da coluna Na Mira, do Metrópoles)
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