terça-feira, 16 de abril de 2024

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Scanner 3D reforça a segurança em presídios de todo o Pará

Nove aparelhos já estão em uso em casas penais paraenses.
Aparelho tem sido responsável por várias apreensões - Foto: Akira Onuma

Durante o último final de semana, uma visitante foi autuada em flagrante ao tentar ingressar no Centro de Recuperação Feminino (CRF), localizado em Ananindeua, com uma considerável quantidade de drogas nas costas. O volume só foi descoberto graças ao uso de um scanner corporal (body scanner), que tem reforçado a segurança em unidades prisionais do Estado.

O equipamento, utilizado na revista de visitantes e também em servidores da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) que atuam nos centros de detenção, é o mesmo usado em aeroportos internacionais. O entorpecente foi detectado pelo aparelho quando a visita passava pelo procedimento de revista, antes de entrar na unidade prisional.

“Esse equipamento é de alta tecnologia, com o objetivo principal de aumentar a segurança nos presídios e ajudar a coibir a entrada de materiais ilícitos nas unidades. Desde que os equipamentos foram instalados, passamos a obter um controle maior no número desses objetos ilegais apreendidos nos procedimentos de revista de visitantes nas unidades prisionais”, explica o diretor de Administração Penitenciária da Susipe, coronel Janderson Paixão.

Nove aparelhos já estão em uso nos presídios paraenses. A aquisição foi realizada com recursos repassados ao Governo do Estado, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), que destinou mais de R$ 23 milhões para o sistema penitenciário paraense no ano de 2018. Deste investimento total, mais de R$ 2,5 milhões de reais foram utilizados para a compra dos aparelhos de scanner corporal.

No Brasil, o body scanner já é utilizado em presídios de 13 estados e no Distrito Federal: Amazonas, Acre, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No Pará, o aparelho já está em funcionamento nos Centros de Recuperação Penitenciário do Pará CRPPI, CRPPII e CRPPIII, no Presídio Estadual Metropolitano I (PEMI) e no Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua. Já nas unidades prisionais do interior do Estado, o equipamento está em uso no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA), em Marabá, no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM), em Santarém, no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT) e no Centro de Recuperação Regional de Tucuruí (CRRT).

Todos os equipamentos foram adquiridos por meio de locação através da empresa terceirizada VMI Sistema de Segurança, que fez a instalação dos aparelhos e realizou o treinamento dos agentes que são responsáveis pela revista. O equipamento conta com tecnologia 3D e consegue verificar até mesmo cavidades corporais, evitando o constrangimento da revista íntima, especialmente em relação às mulheres.

“O equipamento emite ondas de radiofrequência e possui transmissores e receptores que ficam posicionados em duas colunas. Após a pessoa passar pelo procedimento de revista, segundos depois as imagens são transmitidas para um monitor, onde um agente analisará visualmente a anatomia corporal, sendo possível revelar até mesmo objetos escondidos em cavidades internas do corpo, através da tecnologia 3D”, explica o diretor-geral penitenciário da Susipe, coronel Mauro Matos.


Em 2018, durante revistas de rotina e procedimento de revistas com visitantes para acesso às unidades penitenciárias do Estado, foram apreendidos 6.384 materiais ilícitos entre celulares, carregadores, chip’s, baterias, estoques, armas de fogo, munições e entorpecentes. Já em 2019, entre janeiro e fevereiro deste ano, foram apreendidos 1.877 objetos proibidos durante as revistas nos 48 centros de detenção do Pará.

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM