O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que há consenso com a equipe econômica para o pagamento de mais parcelas da renda emergencial a vulneráveis mas alertou que ela não será de 600 reais e que o valor será vetado, caso seja aprovado pelo Congresso.
Segundo ele, uma prorrogação do valor cheio da renda irá aumentar excessivamente o endividamento do país.
“Duas parcelas já houve consenso com a equipe econômica”, disse, em live do presidente em sua conta no Facebook.
“A parcela não seria de 600, a gente não pode gastar mais 100 bilhões de reais. Não tem como. Eu gostaria que fosse possível”, afirmou.
Bolsonaro defendeu que é necessário que os Três Poderes tenham responsabilidade, porque “se o Brasil quebrar, não tem para ninguém”.
“Vamos supor que chegue a uma proposta de duas (parcelas) de 300 (reais). Se a Câmara passar para 400, 500, ou voltar para 600, qual vai ser a decisão minha para que o Brasil não quebre?”, questionou.
“É o veto”, completou, voltando a cobrar que governadores e prefeitos flexibilizem as regras de distanciamento e isolamento social –medidas de contenção da disseminação do novo coronavírus– para que a atividade econômica seja retomada.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem declarado a tendência, entre deputados, favorável a mais duas parcelas de 600 reais. Também tem martelado, no entanto, que os parlamentares estão abertos à negociação com o governo.
Fonte: O Liberal, por Reuters