O Governo do Estado está fazendo uma busca ativa — o poder público é que está à frente da ação, ao invés de ser demandando, como costuma ocorrer — de fazedores de cultura, em 75 municípios paraenses, onde foram mapeadas cerca de 700 comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas e extrativistas.
O trabalho está sendo conduzido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), que fará o cadastramento de agentes culturais que têm direito aos recursos da Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural. Há recursos disponíveis e muitos desses fazedores de cultura podem estar prejudicados por conta da pandemia de covid-19.
Para essa busca, foi formada uma parceria com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), envolvendo mais de 35 entidades e associações representativas na produção dessa cartografia cultural, que levará 200 cadastradores a localidades remotas que só são acessadas pelos rios, em viagens que levam até três dias.
Na avaliação da Secult, que publicou nota sobre o novo trabalho, esse esforço “deixará um importante legado para o planejamento das políticas culturais no Pará”. O mapeamento poderá identificar agentes culturais tradicionais e até então desconhecidos ou invisibilizados.
(Da Redação Fato Regional, com informações da Secult)