Um segurança de um frigorífico, em Xinguara, no sul do Pará, foi preso após atirar contra dois caminhoneiros na manhã do último sábado (19). O caso é tratado como tentativa de homicídio.
O fato ocorreu por volta das 8h15, durante a Operação Saturação, conduzida pelo Comando de Policiamento Regional XIII (CPR XIII).
A guarnição foi acionada via Núcleo Integrado de Operações (Niop) com a informação de que havia ocorrido uma tentativa de homicídio dentro das dependências do frigorífico, e que a segurança local precisava de apoio imediato.
Segundo relatos colhidos no local, dois caminhoneiros, que estavam de folga, pediram ao segurança informações sobre onde poderiam pescar. O segurança indicou um lago nos fundos da empresa e autorizou a presença deles na área.
No entanto, outro segurança da empresa, que não tinha conhecimento da autorização, avistou os dois homens pescando e, sem qualquer abordagem verbal prévia, começou a efetuar disparos de arma de fogo, ordenando que eles se rendessem.
Mesmo após os caminhoneiros se deitarem no chão, o segurança efetuou um disparo que atingiu um dos caminhoneiros na região abdominal.
Ao tentar conter o agressor, o segurança que autorizou a pescaria também foi atingido na mão por um segundo disparo.
O caminhoneiro baleado foi socorrido e levado em estado grave para a UPA de Xinguara e, posteriormente, transferido para um hospital.
A guarnição seguiu com apoio da segurança da empresa até o local onde os dois envolvidos estavam escondidos.
Ao chegar, os policiais deram voz de prisão. O segurança que autorizou a pescaria se rendeu imediatamente, já o que atirou resistiu à abordagem, afirmando que “ninguém iria prendê-lo”. Ele chegou a avançar contra a guarnição, sendo contido com uso progressivo da força.
Os dois foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Xinguara. Com o que fez os disparos, a polícia apreendeu um revólver calibre .38 da marca Taurus, com 15 munições – sendo 12 intactas e 3 deflagradas.
Segundo os policiais, ambos os seguranças apresentavam sinais de embriaguez e possível uso de entorpecentes. O caso segue sob investigação.
O Fato Regional só trabalha com informações oficiais — repassadas por policiais e autoridades públicas ou que constem em boletins e registros oficiais de ocorrência —, respeitando o princípio da presunção de inocência.
O espaço para a defesa dos citados em casos policiais, se os advogados ou envolvidos acharem conveniente manifestar-se, sempre será garantido, com amplo direito ao contraditório.
(Da Redação do Fato Regional, com informações do CPR XIII da PMPA).
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