quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Sempre é necessário comunicar furto ou roubo de qualquer coisa

Muita gente acha que não dá em nada, mas com o registro de uma ocorrência, policiais conseguem localizar os bens subtraídos e devolver aos legítimos donos.
O delegado Walter Rezende reforça a importância do registro de uma ocorrência para o planejamento de segurança pública. (Foto: Ricardo Amanajás / Agência Pará)

Registrar uma ocorrência, quando um crime ocorre, é necessário. A própria Polícia Civil é que destaca isso. O registro tem uma série de informações importantes para o sistema de segurança pública. E é o respaldo para uma vítima do crime. Qualquer que tenha sido o bem furtado ou roubado, como celulares — objeto que figura entre os bens mais furtados e roubados no país —, a ocorrência deve ser feita. Isso gera estatísticas e permite que as forças policiais localizem o item.

Todo registro deste tipo cai no Banco de Dados do Sistema de Segurança Pública. A partir dele, o Estado analisa os locais onde os crimes ocorrem. Essa informação é essencial para todo planejamento voltado ao combate da criminalidade. Recentemente, em Icoaraci, distrito de Belém, três aparelhos foram recuperados a partir do registro de BO pelas vítimas dos crimes.
No município de Aurora do Pará, no nordeste paraense, a polícia capturou o suspeito de roubo de dois celulares no dia seguinte ao registro da ocorrência. O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Rezende, garante: é fundamental que a vítima faça a comunicação do crime.

“O BO é a ação inicial e necessária. É assim que a polícia judiciária toma conhecimento do delito. Não é só para a apuração dos fatos, mas o que nos ajuda a nortear onde implementar ações. Nosso sistema é integrado, então a Polícia precisa saber o que ocorre para que reforce nas áreas certas. Um assalto desse tipo hoje não registrado pode se repetir amanhã, depois, e ao fim de uma semana um mesmo criminoso pode ter roubado cinco, seis aparelhos”, explica o delegado geral.

Para registrar um BO, é preciso ir à seccional mais próxima do local do crime ou realizar online pela Delegacia Digital. No caso de celulares, o ideal é passar o máximo de informações, desde o IMEI do aparelho até às características do(s) assaltante(s). É recomendado também fazer esta mesma comunicação no site Alerta Celular. Mas a mesma quantidade de informações pode ser informada sobre bicicletas, carros, motos…

“Com o IMEI, temos como oficiar a operadora e descobrir se o aparelho está funcionando por ter sido vendido ou repassado a terceiros. Sem o BO, o aparelho fica funcionando normalmente, sem restrições, e isso torna mais difícil a ação da polícia”, justifica Rezende. As câmeras de segurança, presentes em vários lugares, também ajudam na identificação dos criminosos.


“As informações passadas pela vítima são nosso ponto de partida, por isso a gente estimula que, quando ocorrer esse tipo de situação, o boletim de ocorrência seja feito o quanto antes, e com o máximo de detalhes. O quanto antes a segurança pública tiver conhecimento do fato, melhor”, conclui o delegado geral.

(Da Redação Fato Regional, com informações da Polícia Civil)