Apenas nos cinco primeiros meses do ano de 2023, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) registrou 125 casos de câncer de pele no Pará. Dos casos notificados, 9 são de melanomas malignos de pele, 3 de carcinoma in situ da pele e os demais 113 casos são de outras neoplasias malignas da pele.
Trata-se do câncer mais comum no Brasil, correspondendo a mais de 30% dos casos de tumores malignos no país. Apesar do alto grau de incidência, trata-se de uma doença que em grande parte dos casos é possível a prevenção e o tratamento sem sequelas. O câncer de pele ocorre pelo desenvolvimento anormal de células da pele, que acabam formando um tumor.
A principal medida recomendada por médicos dermatologistas é diminuir a exposição ao sol forte, um cuidado ainda mais importante tratando-se de um estado de altas temperaturas e radiação solar intensa como o Pará. Mesmo em dias nublados e menos quentes, o cuidado deve ser mantido, evitando, por exemplo, a prática de bronzeamento com exposição direta ao sol.
A médica e professora Regina Carneiro elencou algumas das medidas a serem tomadas para evitar o desenvolvimento de tumores de pele. Segundo a dermatologista, é importante não apenas evitar exposição ao sol como também utilizar protetor solar com fator mínimo de 30 e itens de proteção como chapéus, bonés, óculos escuros, calças compridas e camisas de manga longa.
Com a chegada iminente do verão paraense, os cuidados devem ser redobrados nas praias e balneários do estado, quando recomenda-se evitar pegar o sol das 10:00 às 16:00. Estas recomendações devem ser seguidas por todos, mas principalmente por pessoas de pele e olhos claros, que são mais propensas a desenvolver os tumores de pele.
Segundo a dermatologista, deve-se ficar atento à aparição de sinais que crescem rápido, que sangram com facilidade, que mudam de cor e as feridas que não cicatrizam. Em caso de suspeita, o usuário do Sus deve procurar unidades básicas de saúde, que irão encaminhar o paciente para a rede de atendimento, através do sistema de regulação.
Na rede estadual de saúde, o tratamento com cirurgia, quimioterapia e radioterapia é realizado no Hospital Ophir Loyola, no Hospital Regional do Baixo Amazonas e no Hospital Regional de Tucuruí.
