sábado, 20 de abril de 2024

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Site diz que força-tarefa acatou sugestão de Moro sobre procuradora

“Não tem nada de anormal nessas comunicações”, rebateu o ministro da Justiça.

Conselho do ministro da Justiça, Sérgio Moro, dado a procuradores da República foi acatado pela força-tarefa da Lava Jato, de acordo com o site Intercept Brasil e divulgadas ontem na Rádio BandNews. O então juiz teria reclamado ao procurador Deltan Dallagnol, por meio de mensagem no Telegram, do desempenho da procuradora Laura Tessler em audiência no dia 13 de março de 2017. Em razão disso, os procuradores teriam decidido que ela só participaria de audiências se acompanhada por outros procuradores.

Naquele dia, a 13ª Vara Criminal ouviu o depoimento do empreiteiro Emílio Odebrecht no processo em que o filho Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci eram acusados de corrupção. Após de receber reclamação do ex-juiz, Dallagnol, o coordenador da força-tarefa de Curitiba, teria procurado o colega Carlos Fernando dos Santos Lima para falar do assunto. Os dois, segundo o site, decidiram que ela só devia realizar audiências se estivesse acompanhada dos procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon, também da força-tarefa.

Na suposta conversa, realizada por meio do aplicativo Telegram, Dallagnol e Santos Lima decidiram que Laura não deveria estar sozinha em audiências, principalmente as do processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o site, Dallagnol só explicou qual era a reclamação de Moro depois de se certificar que Santos Lima não estava visualizando as mensagens em um computador, que poderia ser visto pelos colegas.

Anteontem, em audiência no Senado, Moro foi indagado sobre o suposto conselho pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Moro então afirmou: “Não tem nada de anormal nessas comunicações”. O ministro afirmou não ter certeza do teor da mensagem, mas afirmou que a demanda não interferiu nos trabalhos do Ministério Público. “Tanto que essa pessoa continua e continuou realizando atos processuais e audiências.”

Outro lado – A força-tarefa da Lava Jato informou que não irá se manifestar. O Ministério da Justiça afirmou em nota que a mensagem atribuída a Moro “pode ter sido editada ou adulterada” pelo grupo criminoso que hackeou o seu celular. O texto diz ainda que a troca de mensagens, “mesmo se autêntica nada tem de ilícita ou antiética”.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou considerar como mais um “triste capítulo da história do Brasil” o depoimento de Moro, no Senado. Em mensagem distribuída ontem, Heleno defendeu o ex-juiz e comparou a audiência com senadores a uma inquisição.


“Governado por mais de vinte anos por uma verdadeira quadrilha, o País foi vítima de um gigantesco desvio de recursos, que envolveu grandes empresas privadas e estatais, fundos de pensão, governantes e políticos, em todos os níveis. Alguns protagonistas desse criminoso projeto de poder e enriquecimento ilícito participaram, com a cara mais lavada do mundo, dessa inquisição ao ministro Moro.” Para ele, “uma total inversão de valores colocou um herói nacional, frente a frente com indiciados e condenados pela Lava Jato.”

 

 

Fonte: Agência Estado