O agro do Pará demonstrou forte presença de produtos agropecuários básicos, representando 65,70% do valor total exportado pelo estado em 2024. Soja em grão (42,34%), carnes (21,11%) e bovinos vivos (13,85%) foram os principais itens. Os dados são da edição 01 de 2025 do Boletim Informativo de exportações do agronegócio, levantamento do Núcleo de Planejamento da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Nacionalmente, o Pará ocupa o 11º lugar no ranking das exportações brasileiras de produtos do Agronegócio, e respondeu por 2,16% das exportações nacionais do agro em 2024. Conforme o boletim, o Pará exportou para 151 países nesse período. Os principais destinos dos produtos do agro paraense, que juntos atingiram cerca de 70% do valor total de exportações, foram:
- China: US$ 1,25 bilhão (35,22%)
- Iraque: US$ 235,77 milhões (6,63%)
- Estados Unidos: US$ 225,39 milhões (6,34%)
- Espanha: US$ 198,93 milhões (5,59%)
- Egito: US$ 144,17 milhões (4,05%)
- Turquia: US$ 124,33 milhões (3,50%)
- Holanda: US$ 110,09 milhões (3,10%)
Pelos dados do Núcleo de Planejamento da Sedap, o desempenho da exportação de produtos do agronegócio do Estado do Pará apresentou um crescimento de 5%, em 2024. O secretário da pasta, Giovanni Queiroz, destaca as projeções para este ano.
“A projeção para 2025 é de um crescimento de no mínimo 5%, tendo em vista a ocupação e a incorporação de mais áreas, na ordem de 10% da área de produção de grãos, especialmente de soja, carro-chefe da nossa exportação. Em segundo lugar, teremos também um crescimento do rebanho bovino, inclusive com ganho de produtividade, em função da genética melhorada do nosso rebanho”, analisa Queiroz.
O titular da pasta ressalta que o cacau é outra cultura que vai contribuir para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. “As perspectivas para o cacau são positivas, com um crescimento de 10%, ano a ano, da área plantada e com um ganho de produtividade e de qualidade. Estamos investindo fortemente também na qualidade da amêndoa, para manter a nossa posição do ano passado, em que ganhamos a medalha de ouro com a melhor amêndoa do mundo”, destaca.
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Produtos do Complexo da Soja foram os mais exportados pelo agro do Pará
Os chamados produtos do Complexo da Soja, conjunto de produtos derivados da soja, que inclui o grão, o farelo e o óleo, foram importados para 34 países, em 2024. A soja em grão foi o principal produto exportado, com 99,8% de participação nas exportações do agro paraense em 2024, seguido do farelo de soja (0,1%). Como principal mercado desses produtos, a China importou US$ 704,87 Milhões (46,83%), seguido da Espanha (12,21%), Turquia (6,52%) e Rússia (6,32%).
Principal cultura agrícola do Brasil, em volume e geração de renda, a produção de soja no Brasil representou quase a metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país em 2024, como aponta o IBGE. O Pará registrou aumento de 50,4 mil toneladas, que representam 1,4% na quantidade produzida, ficando entre os estados brasileiros que tiveram crescimento de produção com 19,06%, atrás apenas do Rio Grande do Sul (43,8%).
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Importantes números da Pecuária do Pará nas exportações do agro
O levantamento da Sedap demonstra ainda a importância da pecuária paraense, que entra em uma fase, ambientalmente responsável, com a implementação do Programa Pecuária Sustentável, focado na rastreabilidade animal, que irá identificar até 2026 todo o rebanho bovino existente no estado. O gado agora recebe brincos com dispositivos de rastreio, aliado ao desenvolvimento de um moderno sistema de gestão agropecuária, o SIGEAGRO 2.0, para armazenar todas as informações dos animais identificados no território paraense.
Dentre o grupo de produtos cárneos, destaque para a carne bovina paraense, principal produto exportado, com 94,08% de participação. A exportação de carne em 2024 registrou valor de exportação de US$ 750,46 milhões (21,11% do total Agro do Estado). Comparado ao ano anterior, o valor de exportação de carnes apresentou ganho de 46,68%, em 2023 o valor de exportação foi de US$ 511,62 milhões.
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A carne paraense chegou a 76 países em 2024, sendo a China o principal mercado comprador, que importou US$ 509,18 Milhões (67,85%), seguido de Israel (9,72%), Hong Kong (5,92%), Emirados Árabes Unidos (3,19%) e Singapura (1,13%).
Atualmente, existem 158 estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Estadual, sendo 83 estabelecimentos industriais e 75 artesanais (47,47%), ambos representam, respectivamente, 52,53% e 47,47% do total de registros.
Com uma pecuária forte e reconhecida no país, o Pará segue sendo o estado brasileiro com o segundo maior rebanho bovino do Brasil – mais de 26 milhões de cabeças – e o maior rebanho bubalino, com cerca de 600 mil búfalos. Em 2024, dados sobre a movimentação de animais feito pela Agência de Defesa mostram que foram mais de quinhentos mil bovinos vivos exportados (545.519 bovinos) e mais de dois milhões de animais, entre bovinos e bubalinos, abatidos em território paraense (2.403.132 bovídeos).
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O Boletim da Sedap revela também que os bovinos foram os principais responsáveis pelo crescimento de 113,90% nas exportações de animais vivos em 2024, atingindo um valor total de US$ 492,46 milhões e representando 13,85% das exportações do agronegócio paraense.
Um total de oito países diferentes importaram o boi vivo. O Iraque foi o principal destino desse produto. O mercado iraquiano adquiriu US$ 233,05 milhões (47,32% do total agro exportado). Egito, Líbano, Marrocos e Jordânia também foram importantes compradores, juntos representando uma parcela significativa das exportações desse produto paraense.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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