sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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‘Sou advogada internacional, cala a boca, sua bicha’, grita mulher durante ataque homofóbico em SP

Crédito: Redes Sociais

Após ser presa em flagrante por injúria racial, lesão corporal e homofobia contra funcionários e clientes de uma padaria na Zona Oeste de São Paulo, a advogada Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, de pronunciou sobre o caso. A advogada alegou ser portadora de doença psiquiátrica, apgou fiança e foi liberada.

Um vídeo que circula nas redes sociais a mostra ofendendo uma funcionária do estabelecimento comercial e agredindo um dos clientes. No boletim de ocorrencia registrado na delegacia de Polícia Civil, no Ceasa, os dois jovens agredidos pela advogada relataram que começaram a filmar a mulher depois que, segundo eles, ela passou a ofender uma garçonete e um funcionário “em razão de um problema com a comida”.

 

Os rapazes disseram que ainda chamaram a atenção dela, dizendo que ela “não tinha o direito de ofender” os funcionários. Em seguida, relatam, a mulher passou a ofendê-los, os chamando de “veados”, que “odeia veados” e que os “gays seriam o mal do mundo e que seriam todos aidéticos e que só serviam para passar doenças”.

Dois funcionários da padaria foram ouvidos como testemunhas na delegacia e confirmaram que “presenciaram as ofensas raciais e homofóbicas, o discurso discriminatório em razão da sexualidade das vítimas e as agressões praticadas” contra um dos clientes.

O caso ocorreu no Dia da Consciência Negra numa unidade de uma rede de padarias em São Paulo. O estabelecimento, lamentou o episódio em sua página no Instagram e classificou o ato como “repugnante”. A Polícia Civil investiga o caso depois que duas vítimas registraram boletim de ocorrência contra a agressora no 91º Distrito Policial (DP), Ceasa.

Neste domingo, 22, Lidiane justificou as agressões, alegando que foi provocada por dois clientes quando estava comendo um sanduíche. Disse que reagiu, admitindo que se excedeu e usou inclusive termos homofóbicos contra eles. A mulher ainda afirmou que não tem nada contra gays. E negou que tenha utilizado termos racistas contra as pessoas da padaria.


Lidiane foi presa em flagrante por injúria racial, homofobia e lesão corporal, mas foi liberada em seguida. Em 2016 a advogada foi presa em flagrante após furtar quase mil reais em roupas de uma loja em um shopping da capital paulista. Na ocasião ela alegou ser portadora de transtorno bipolar, pagou fiança e respondeu pelo crime em liberdade.

 

Fonte: O Globo