sábado, 4 de maio de 2024

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Sul do Pará terá Natal e Ano Novo com chuva

Avaliação é do meteorologista José Raimundo Abreu, que aponta que dia 26 "vira a chave" da chuva, ainda com possibilidade de superação de média histórica de dezembro
(Foto: Thiago Araújo, in memorian / Agência Pará / Arquivo)
As festas de Natal, que não podem ter aglomerações, terão um clima razoável, possivelmente sem chuva. Se chover, não deve demorar muito e será só no final da tarde. Já o Ano Novo terá chuva forte. A previsão é quase a mesma para todo o Pará. As avaliações são do meteorologista José Raimundo Abreu, coordenador do segundo Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional Meteorologia (2º Disme / Inmet). E ele também analisa: 2020 foi um ano de clima muito atípico.
Abreu observa que só agora o mês de dezembro está começando a ter mais chuvas. A média histórica é de 268 milímetros de chuva. Choveu 140 mm até esta segunda-feira (21), sendo que a maior parte começou a cair do dia 16 em diante e em apenas três torós. Dia 26, as coisas mudam. Só há uma breve mudança no sul do Pará, sobretudo nos municípios de São Félix do Xingu, Xinguara, Redenção e Conceição do Araguaia: lá, vai chover no Natal também.
“É aí que vai virar a chave e começar a chover mais. Até lá, teremos dias parcialmente nublados ou nublados. E se chover, vai ser no final da tarde. Talvez, depois do dia 26, com as tempestades que podem sim ocorrer, haja superação de recordes, com chuvas fortes e demoradas, com até seis horas de duração”, analisa o meteorologista.
O ano de 2020 foi tão estranho que as chuvas mais fortes ocorreram entre janeiro e maio. Agosto e setembro foram mais secos, o que não costuma ser normal. Em outubro, voltam a ocorrer chuvas, mais ao sul do Pará. E então um mês de novembro recordista. Abreu observa que o esperado para o mês todo seria 127 mm de chuva. Foram 502 mm. Dezembro, até o dia 15, foi praticamente seco.
“Estamos acompanhando essas condições de clima e variabilidade nos oceanos Pacífico e Atlântico, que passam por variações de temperatura e causam o fenômeno La Niña, que traz chuvas ao Pará. Em 2020, não tivemos período seco bem definido e terminamos com variabilidade de pancadas de chuvas”, conclui Abreu.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)