sábado, 11 de maio de 2024

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‘Tipo de violência psicológica’, diz psicóloga sobre Maiara e Fernando

Esses relacionamentos ioiô denunciam uma incapacidade do casal de dialogar e atender um às demandas dos outros e da relação, e, sendo incapazes de dialogar e estabelecer o fim ou a permanência, esses casais atuam.
Crédito: Reprodução

Após Maiara anunciar o término do relacionamento com o sertanejo Fernando Zor na véspera de Natal, o assunto dominou as redes e as rodas de conversa em todo o país. De um lado, pessoas apoiavam a decisão da cantora, enquanto que, do outro, muitos especulavam que o par vai se acertar mais uma vez. Enquanto muita gente reforça o rótulo de “casal ioiô”, atribuído aos artistas depois de tantas separações e reconciliações, a psicóloga e psicanalista Manuela Xavier, explica por que, em casos como esse, parece ser tão difícil encontrar uma solução definitiva para as dores do amor.

“Precisamos deixar uma coisa clara: relacionamentos de muitas idas e vindas, geralmente, são relacionamentos abusivos. Mas, por quê? Porque geralmente são sustentados na crença de que alguém vai mudar e de que aquela dinâmica vai mudar. Esses relacionamentos ioiô denunciam uma incapacidade do casal de dialogar e atender um às demandas dos outros e da relação, e, sendo incapazes de dialogar e estabelecer o fim ou a permanência, esses casais atuam. Eles terminam como forma de acabar com o mal que lhes aflige e também como uma forma de saberem se conseguem viver um sem o outro ou não. E quando voltam, voltam sem elaborar o motivo que os levou a terminar, e acreditando mais uma vez na promessa do amor romântico que tudo suporta, que tudo cura”, explica a especialista.

A psicóloga diz que o que vimos acontecer entre Fernando e Maiara é um caso típico de gaslighting, um tipo de violência psicológica em que o homem faz com que a mulher duvide de sua percepção da realidade, fazendo com que não só ela, mas todos ao seu redor, acreditem que a mulher é louca.


“No caso do Fernando, a gente viu isso muito claramente. Ele diz que Maiara está fora de si e que está exagerando. Essa prática acontece por uma justificativa histórica: a insegurança feminina. Mulheres não são inseguras porque nasceram assim. Os homens e a sociedade produzem a insegurança feminina. Eles estão sempre dizendo que só seremos amadas se formos magras, se formos bonitas, se preferimos o padrão. Precisamos merecer o amor, e então, diante disso, nós estamos sempre trabalhando para poder merecer o amor de um homem e, portanto, esse amor também poderá ser retirado de nós. Aprendemos que os homens poderão nos trocar sempre: por uma mulher mais nova, mais bonita, mais interessante, melhor de cama”, diz Manuela Xavier.

 

 

 

 

 

 

Com informações do Metrópoles