sábado, 18 de maio de 2024

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Trabalhadores devem ficar atentos sobre privatização dos portos no Pará

Presidente do Sindicato dos Portuários do Pará afirma que por enquanto não haverá perda de postos.

Com o leilão de arrendamento de seis terminais portuários no Estado do Pará, realizado na manhã de sexta-feira (5), entra em discussão a situação dos trabalhadores que atuam na região. Mesmo com a previsão de investimento de R$ 430 milhões nas áreas portuárias por parte do governo, o setor fica em alerta. Para o presidente do Sindicato dos Portuários do Pará (Sindiporto), Dalton Beltrão, a ação faz parte de um projeto de privatizações do atual governo.

“Essas áreas que serão arrendadas já estão nesta situação, só haverá uma mudança de titularidade. O Estado vai receber outorga, que é uma espécie de aluguel, mas, apesar dos portos serem públicos, o poder de decisão passa a ser das empresas privadas. Então, a gente entende que este é um processo de privatização de todos os portos públicos do país”, comentou. Este é o segundo leilão de terminais portuários em menos de um mês. No fim de março, o governo arrecadou R$ 219,52 milhões com o leilão de quatro áreas portuárias – três na Paraíba e uma no Espírito Santo. O investimento previsto é de R$ 199 milhões.

O lado positivo, para Beltrão, será a aplicação dos valores arrecadados nas áreas previstas pelo governo. “É um bom negócio, mas ainda existe muita coisa que precisa ser conversada nessa questão do arrendamento. Outro ponto positivo é que, por enquanto, os trabalhadores não estão ameaçados. Não vão perder os postos de trabalho”.

Foram cinco terminais leiloados em Miramar, no Porto Organizado de Belém, e um no Porto de Vila do Conde. Os contratos de arrendamento terão validade de 15 a 25 anos, dependendo da área. As três primeiras, em Belém, terão prazo de 15 anos. Nas outras duas, de 20 anos, e em Vila do Conde, o contrato terá prazo de 25 anos. Os terminais são voltadas para a movimentação e armazenagem de granéis líquidos (combustíveis).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Pará (Sindopar), Alexandre Carvalho, nas áreas de combustíveis os trabalhadores não são afetados e os leilões não interferem nas operações portuárias. “Nossas expectativas são as melhores possíveis, especialmente com a entrada de mais de R$ 400 milhões nos cofres do governo”, destacou.


Na avaliação do vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Maria Mendonça, os leilões são positivos para a região. Com a abertura dos portos, cria-se concorrência e, consequentemente, redução dos preços de combustíveis, segundo o especialista. “Quanto maior a oferta menor o preço. Muitos caminhoneiros que vêm até o Pará enchem o tanque no Tocantins, por medo de não encontrar valores justos aqui. Com essa concorrência, pessoas serão atraídas, para movimentar a economia local. Para a indústria será muito bom, e queremos incentivar os investimentos aqui no Estado”.

 

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM