Há exatos dez anos aconteceu o incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Entre 1.000 e 1.500 pessoas estavam na casa noturna, segundo a Polícia Militar (PM), em uma festa organizada por estudantes de seis cursos da Universidade Federal local. A capacidade do espaço era de 691 pessoas.
Naquela noite, a banda Gurizada Fandagueira se apresentava. No meio do show, o vocalista acendeu um sinalizador feito para uso em local externo. As faíscas atingiram o teto, incendiando a espuma de isolamento acústico, que não tinha proteção contrafogo.
Além do incêndio que se alastrou, grande quantidade de fumaça tóxica se espalhou pela boate ceifando a vida de 242 pessoas, a maioria jovens universitários, entre os quais o paraense Rafael Dias Ferreira.
No caso, o estudante Rafael Dias Ferreira, conhecido como Fael, então com 21 anos de idade, prestes a concluir o curso de Biologia. Rafael nasceu em Belém e havia ido morar em Santa Maria com a mãe e padrasto a fim de fazer o curso superior.
Ele estava no último ano do curso de Biologia na Universidade Federal da cidade (UFSM). Em 31 de maio de 2013, ele foi homenageado por familiares, amigos e colegas da UFSM, quando, após ter o corpo cremado, teve suas cinzas depositadas junto a mudas de árvores no Jardim Botânico da Universidade Federal de Santa Maria.