sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Transporte de urnas para as zonas eleitorais entra na reta final

Quase todas as regiões do Estado já receberam os equipamentos que serão utilizados nas eleições municipais de novembro
Foto: Igor Mota / O Liberal / Arquivo

A etapa de transporte de urnas para as zonas eleitorais do interior entra na reta final. Quase todas as regiões do Estado já receberam os equipamentos que serão utilizados nas eleições municipais de novembro. As últimas entregas estão programadas para os dias 3 e 4 de outubro, nas zonas eleitorais do nordeste paraense, deixadas estrategicamente para o final, em razão da proximidade com a Região Metropolitana de Belém e facilidade de acesso.

Na quinta (24), estava programada a chegada das urnas a algumas zonas do oeste paraense, como Itaituba, Óbidos, Rurópolis e Prainha, consideradas áreas mais complexas, em razão da necessidade do uso de mais de uma modalidade de transporte, em determinadas situações. Os equipamentos saíram do depósito de urnas, em Ananindeua, com destino a essas localidades, no dia 17 de setembro. Terceiro município com mais eleitores, Santarém recebeu os equipamentos que serão utilizados no pleito no dia 22 de setembro. Toda a região do Marajó também já está com as urnas necessárias para o dia da votação.

Ao todo, 16 mil equipamentos estão sendo distribuídos para várias localidades do interior do Estado, num trabalho que começou no dia 14 de setembro. Outras 4.500 são das 13 zonas eleitorais da Região Metropolitana de Belém e ficarão, até às vésperas do pleito, guardadas no depósito de urnas, em Ananindeua. O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA), Felipe Houat de Brito, explica que o deslocamento dos equipamentos para o interior é feito por uma empresa de transporte contratada para essa finalidade, em caminhões fechados.

Após essa etapa, a partir do dia 5 de outubro, os técnicos de eleição, profissionais contratados pelos tribunais, iniciam os trabalhos de teste nos cartórios eleitoral. “O TRE deve contratar mais de 900 pessoas, cuja responsabilidade é fazer esse teste, verificar se não houve avaria durante o transporte e se elas guardam condições de uso nas eleições. Final de outubro e início de novembro, começa a geração de mídia e, às vésperas do pleito, essas urnas vão para os locais de votação”, disse Felipe.

O sistema da urna possui um software de autoteste e conta com baterias internas e externas, utilizadas nas localidades sem energia elétrica. Caso seja identificado algum problema, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém um contrato nacional com empresa que irá até essas localidades fazer a substituição de peças.

Todas os cartórios, desde o seu projeto original, possuem estrutura para depósito de urnas. É nesses depósitos que os equipamentos ficam guardados até às vésperas do pleito. O deslocamento das urnas para os locais de votação, em algumas situações, começa a ser feito na quarta que antecede as eleições, no caso de locais mais distantes e de difícil acesso. Na maioria das vezes, no entanto, os equipamentos são levados para os locais de votação na sexta ou sábado, véspera do pleito.

Segundo Felipe Brito, no próximo mês, o Tribunal Regional Eleitoral vai fazer treinamento dos técnicos de transmissão, que além de dar suporte, fazem a transmissão do resultado da votação. “Sem eles, a votação não terminaria antes da meia noite”, enfatiza o secretário de Tecnologia da Informação do TRE. São cerca de 950 técnicos, sendo 510 de urnas e 445 responsáveis pela transmissão dos resultados. A distribuição desses profissionais depende da logística da zona e da quantidade de locais de votação. “Têm zonas eleitorais que abrangem mais de um município e podem ter mais técnicos. Já os de transmissão estão mais ligados a essas localidades de difícil acesso, que geralmente ficam a mais de duas horas da sede do cartório”, explica Felipe.

No dia da votação, a estimativa do TRE é que cerca de 17.800 urnas sejam utilizadas em sessão, mas há ainda em torno de 2.700 equipamentos utilizados para contingência. Das mais de 20 mil urnas disponíveis no Estado, 2,759 devem ser utilizadas em Belém, 888 em Ananindeua e 795 em Santarém. Esses três municípios são os únicos no Pará com mais de 200 mil eleitores e que, portanto, podem ter um eventual segundo turno.

 

 

Fonte: O LIBERAL