sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

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Trump toma posse nos EUA, apoiado por Big Techs, parlamento e anuncia prisão de imigrantes ilegais

Será o segundo mandato de Donald Trump que, segundo analistas, chega à presidência com muito mais poder, liberdade e experiência do que na primeira vez. Já no primeiro dia, vários decretos deverão ser assinados e a maioria deve ser com foco nas políticas anti-imigração, anti-diversidade e economia com viés liberal.
Trump, em meio a processos judiciais, foi eleito presidente dos Estados Unidos e vai tomar posse com apoio de magnatas, empresas de tecnologia e redes sociais, além da maioria republicana no Congresso e no Senado (Foto: Reprodução / X)

Pela segunda vez, o republicano Donald Trump assume a presidência dos Estados Unidos da América (EUA). A posse ocorre na tarde desta segunda-feira (20) e deve ser marcada pela assinatura de vários decretos, com as primeiras decisões do governo dele. As principais são políticas anti-imigração, como a prisão de imigrantes ilegais — algo que pode afetar brasileiros —, e contra a diversidade, além de medidas econômicas.

Para especialistas em política internacional, Trump deve ter muito mais poder neste segundo mandato. Isso porque agora conta com o apoio de magnatas da tecnologia e das redes sociais, como Elon Musk (X/Twitter) e Mark Zuckerberg (Meta/Facebook/Instagram/Threads/WhatsApp). Com mais experiência política, deverá ser menos tutelado pelos mandatários do Partido Republicano. E agora conta com maioria no Congresso e no Senado.

Trump é, historicamente, o primeiro homem condenado pelo judiciário estadunidense a assumir a Casa Branca. O caso mais recente é a fraude contábil para encobrir pagamentos a uma atriz pornô, com quem traiu a esposa, e viu no silêncio dela uma forma de não se prejudicar nas eleições de 2016. Ele também responde a processos por difamação, outro caso de fraude e participação na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Ele não será preso, mas os processos seguem.

As propostas de Trump montam uma agenda ultra conservadora, que prevê ainda deportação de imigrantes ilegais — alvos de uma anunciada megaoperação que começa nesta terça-feira (21) —, cortes de impostos, desregulamentação e exoneração de funcionários federais que não o apoiaram no primeiro mandato. E ainda sobre a invasão ao Capitólio, ele deve assinar um decreto de indulto aos invasores. Serão cerca de 100 decretos assinados.

Antes da posse, Trump vinha fazendo declarações que preocuparam a comunidade internacional, como a intenção de comprar a Groenlândia (território da Dinamarca); anexar o Canadá como território estadunidense; mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”; e dominar o canal do Panamá. Por ora, não se sabe se ele realmente pretende fazer uma ofensiva nesse sentido.

Trump só convidou aliados de direita para a posse, o que incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que por conta das investigações que pesam contra ele, está com o passaporte retido e o ministro Alexandre de Moraes (STF) não o autorizou a deixar o país. Ele será representado pela esposa Michelle Bolsonaro e alguns dos filhos. Outros políticos da direita brasileira também vão participar, mas nem todos garantiram que pagarão pelas despesas com recursos próprios.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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