Há 32 dias, em 26/02/2020, foi registrado o 1° caso de Coronavírus no Brasil, na cidade de São Paulo-SP, sendo o portador um homem de 61 anos que viajou a trabalho para a Itália de 9 a 21 de fevereiro. Hoje são 3.904 casos presentes em todas as unidades federativas, com 111 óbitos e 6 curas. Com o Brasil em primeiro lugar na América Latina e o 18°no mundo. No mundo, segundo informações oficiais, o primeiro infectado teria sido um morador da província chinesa de Hubei, em 17/11/2019, há exatos 133 dias. Agora existem 652.079 coronados distribuídos em 201 territórios no mundo, restando apenas 22 estados soberanos que ainda não foram atingidos.
Deste total, 30.313 (4,64%) morreram, 484.447 (74,29%) ainda se encontram enfermos e 137.319 (21,05%) pessoas estão curadas. Examinando o comportamento da curva de infecção mundial, baseados nos dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), publicado no jornal espanhol EL PAÍS, decidimos separa-la em dois períodos iguais de 66 dias, a fim de detectarmos variações nos padrões de crescimento em janelas temporais mais curtas, o que nos dá maior precisão.
Só não conseguimos fazer a divisão em 4 blocos, ao nosso ver, ideal, já que se aproximaria de um mês, mas devido à falta de dados históricos mais consistentes no início da Pandemia, isso não foi possível. Encontramos no primeiro segmento do primeiro bloco de 66 dias uma expansão de 55.500%, já no segundo bloco o crescimento percentual alcançou, sobre essa segunda base inicial, espantosos 1.085.157,75%. Dado o padrão de crescimento exponencial da curva no Brasil no período de 32 dias, e considerando, para efeito de cálculo, que se manterão constantes as variáveis atuantes, assim como mantidas as mesmas medidas preventivas e de isolamento social adotadas até o presente momento.
E também considerando que a descoberta de alguma vacina, ou de remédios específicos, que tragam a cura do Covid-19, como também a imunização para os que ainda não foram infectados venha acontecer daqui a 63 dias. Obtemos nesta projeção os seguintes resultados aproximados de infectados para o Brasil, dado o tempo de duplicação que a nossa curva nacional apresenta até o momento, de 4,5 dias: Casos daqui a 9 dias 13.700 Casos daqui a 14 dias 28.000 Casos daqui a 30 dias 435.000 Casos daqui a 63 dias 56.000.000 Com isso, torna-se possível visualizar os desafios que poderemos enfrentar, caso a nossa curva nacional não apresente reduções na velocidade de crescimento, desacelerando o processo de expansão da doença.
No Estado do Pará já foram registrados oficialmente 17 casos, com 451 exames descartados e 122 em análise, isso até a data de ontem 27/03/2020, com boletim emitido pela SESPA às 17h. Sendo as seguintes cidades com casos já confirmados: Ananindeua, Belém, Castanhal, Itaiatuba e Marabá. Dentre as 27 UFs, o Estado do Pará detém, ao nosso ver, uma das condições mais favoráveis para gerar o achatamento da curva. Sendo até possível criarmos um ponto de inflexão nela. Como já vem acontecendo na Coreia do Sul onde há um engajamento maciço dos cidadãos, junto às medidas tempestivas implementadas pelos gestores públicos daquele país.
Nossa vantagem se dá em decorrência da grande extensão territorial do estado, com 1.248.000 de km², povoado por apenas 8,074 milhões de habitantes, com uma das mais baixas densidades demográficas do País (6,46 hab./km2); além de apenas 3 municípios fazerem fronteira com outros países, a Guiana e o Suriname; o fato de determos uma das menores proporções de pessoas infectadas por milhão de habitantes (2,1); e dada também a pequena quantidade de municípios com mais de 200 mil hab. (apenas 6 dentre 144) e a grande dispersão populacional em pequenas cidades. “A possibilidade de contágio aumenta, e nossa preocupação segue sendo, em primeiro lugar, com vidas.
Portanto, manter o isolamento social nesse momento é a melhor opção para evitarmos a disseminação do vírus”, afirmou o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho há poucos dias. Ao nosso ver devemos criar uma força tarefa entre todos os atores da sociedade, atuando em 3 frentes, compostas por especialistas, nas áreas: Econômica, JurídicoPolítica e Cultural-Cientifica, onde cada segmento atuaria de forma autônoma e independente. São direcionadas a tratar e a trazer soluções para as necessidades, presentes e das que ainda surgirão, com o objetivo de gerarem condições favoráveis a suplantarmos as dificuldades. Onde cada segmento deve ser regido por um princípio específico a ser exposto em momento mais oportuno.
Princípios estes que nortearão as diretrizes a serem eleitas e implementadas, com seus orçamentos oriundos de recursos advindos da suspenção temporária do pagamento da dívida interna e externa brasileira, somados às outras tantas fontes de recursos que já estão sendo disponibilizadas. Provavelmente, quando você estiver lendo este texto os números serão bem maiores. É a força da união que nos conduz à vitória! Trabalhadores da 11° hora, o momento é agora! Pois o tempo urge! Que Deus nos guarneça! Amém!
Artigo enviado por Reginaldo Rodrigues