sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Vacinação contra covid-19 será no “Dia D, na Hora H”, diz ministro da saúde

Frase confusa e pouco informativa de Eduardo Pazuello seria para dizer que a campanha será nacional e iniciar na mesma data em todo o país, que segue sem data definida
As confusas declarações do ministro Pazuello foram dadas em visita dele ao estado do Amazonas, que enfrenta a pior crise da covid-19 desde o início da pandemia no estado (Foto: Reprodução / Facebook)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fez uma declaração confusa, nesta segunda-feira (11), que apenas reitera que o Brasil não está preparado para iniciar a imunização contra covid-19. Ele disse que a imunização vai começar “No Dia D, na Hora H, em todo o Brasil”. De fato, a afirmação não diz nada, a não ser que a campanha será nacional e iniciada em todo o território brasileiro no mesmo dia e horário. Mas resta saber quando.

Pazuello seguiu explicando que assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar uma vacina, em três ou quatro dias a primeira fase da campanha de vacinação será iniciada no Brasil. Por enquanto, duas vacinas estão em fase de análise: a CoronaVac, produção conjunta do Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac; e a vacina da farmacêutica sueca AstraZaneca, feita em parceria com a Universidade de Oxford e com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na estratégia ainda pouco explicada do Ministério da Saúde, que segue colocando a pasta sob pressão nacional por um posicionamento mais seguro para a vacinação contra covid-19, possivelmente a tática será uma ampla imunização de apenas uma dose. Isso iria acalmar os ânimos da população e amenizar as cobranças. Mas especialistas dizem que essa pode ser uma ideia equivocada e que limita o real potencial das vacinas, que necessitam de duas doses para que a proteção seja a máxima alcançada nos testes clínicos.

Por enquanto, a principal aposta do Governo Federal é a vacina da AstraZaneca. A resistência política da ala ideológica extremista do governo Bolsonaro à vacina CoronaVac, por ter sido fruto de esforços de um declarado adversário político do presidente, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), tem começado a diminuir. Outras vacinas disponíveis, como a Pfizer / BioNTech e da Moderna, não devem ser as principais escolhas por cláusulas contratuais e quantidades oferecidas pelas empresas fabricantes.


“O que fica claro é: ou nós produzimos a vacina ou não vamos vacinar o povo brasileiro”, disse Pazuello.

(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)