A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) reforça a importância de que as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários (crianças, mulheres gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas, principalmente) indicados para receber a vacina contra a gripe Influenza procurem os postos de saúde e se imunizem para prevenir o agravamento e outras complicações.
Para a realização da Campanha de Vacinação no Pará, que segue até o dia 31 de maio, estão funcionando 2.958 postos de vacinação fixos, 758 volantes terrestres e 62 volantes fluviais, com 5.338 equipes de vacinação, totalizando 21.350 pessoas envolvidas.
De acordo com a Coordenação Estadual de Imunizações da Sespa, até o último dia 10, as coberturas vacinais por grupo prioritário eram as seguintes: crianças (34,70%), trabalhadores de saúde (45,37%), gestantes (35,84%), puérperas (43,85%), indígenas (20,57%), idosos (48,86%), pessoas com doenças crônicas (44,90%), população privada de liberdade (21,15%), funcionários do sistema prisional (39,98%), policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas (13,94%).
No que se refere às medidas a serem adotadas pela população, a Sespa destaca, além da vacinação, lavar e higienizar as mãos antes de consumir alimentos; após tossir e espirrar, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca e evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca. Além disso, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e garrafas; manter os ambientes bem ventilados; e evitar ficar perto de pessoas com sinais e sintomas de gripe.
Sesma leva vacinação contra gripe a shoppings de Belém
A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) leva a Campanha de Vacinação contra a Gripe, neste sábado (18), para os shoppings Pátio Belém (travessa Padre Eutíquio, bairro de Batista Campos) e Bosque Grão Pará (avenida Centenário, bairro de Val-de-Cans). O serviço fica disponível das 10h às 17h e o público alvo são os grupos prioritários determinados pelo Ministério da Saúde.
A meta da campanha em Belém é de 400 mil pessoas e já foram atingidos 54,25% desse contingente. Até o dia 31 de maio, a vacina também está disponível para o público prioritário, em todas as Unidades Municipais de Saúde (UMS), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Público prioritário
Devem se vacinar, até o dia 31 de maio, os grupos como prioritários: crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes em qualquer idade gestacional; puérperas (até 45 dias após o parto), com comprovação; professores de escolas públicas e privadas; idosos (a partir dos 60 anos); crianças de 5 anos a menores de 9 anos com doenças crônicas e trabalhadores da saúde (dos setores público e privado).
Além dos povos indígenas (a partir dos 6 meses de idade); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos cumprindo medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e/ou condições clínicas especiais com apresentação de prescrição médica (em qualquer idade); além dos profissionais das forças de segurança e salvamento.
Notificação
A Sespa ressalta que os hospitais têm obrigação de notificar todos os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) às Secretarias Municipais de Saúde, colher amostra de secreção de nasofaringe do paciente para pesquisa de vírus respiratório e encaminhar ao Laboratório Central do Estado (Lacen-PA). Também devem iniciar o tratamento com o antiviral nas primeiras 48 horas preferencialmente.
Só em 2019, foram notificados 343 casos suspeitos de SRAG no Pará, dos quais em 236 (68,8%) houve coleta de secreção de nasofaringe (SNF) para diagnóstico de vírus respiratório. Destes, houve a identificação de vírus envolvido em 49 dos casos, principalmente do tipo Influenza B, com 14 casos, seguido de Influenza A (H1N1), com 10 casos, e vírus sincicial respiratório (VRS) em 7 casos.
Entre os casos notificados, 21 (6%) evoluíram a óbito e 12 (57%) deles realizaram coleta de SNF. Houve isolamento viral de Influenza A (H1N1) em 5 dos casos (24%), Influenza B em 2 dos casos (10%) e VRS em 1 caso (5%). Não foi possível isolar o vírus respiratório envolvido nos outros 8 casos.
Quanto ao tratamento, 80% dos casos fizeram uso do antiviral Ozeltamivir, sendo que o Ministério da Saúde preconiza o seu uso preferencialmente nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, pois a demora pode levar o paciente a óbito.