segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Vacinação é a única forma de prevenir o sarampo, alerta Sespa

Secretaria diz que casos não começaram no Pará e alerta para importância da imunização.

O estreito contato entre regiões paraenses com municípios do Amazonas é o principal fator para a transmissão que acarreta novos casos de sarampo no Pará – e a intensificação da vacinação na região Norte é a melhor alternativa para conter o surto. É o que afirmou nesta quarta-feira (20), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), ao contestar o Ministério da Saúde, que atribuiu ao próprio Pará a responsabilidade pela perda do certificado de país livre da doença.

Após três anos na lista de países livres de sarampo, concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Brasil perdeu a certificação internacional após o surto que começou no dia 19 de fevereiro de 2018, no Amazonas, e se expandiu para alguns municípios da região do Baixo Amazonas, no Estado do Pará. Depois de um ano desde a primeira ocorrência – prazo para o surto ser considerado importado – um novo caso foi registrado no dia 23 de fevereiro de 2019, em um residente paraense.

CASOS VIZINHOS

De acordo com Martha Nóbrega, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, o surto começou no Amazonas e teve mais de 9.800 mil casos confirmados. No Pará, foram confirmados casos na região do Baixo Amazonas, que abrange Santarém, Prainha, Monte Alegre; municípios estes que fazem fronteira com o Amazonas.

“A relação entre as pessoas que convivem no Amazonas e nesses municípios é muito grande. Eles se locomovem entre as fronteiras para trabalhar, procurar por atendimento médico, etc. É mais fácil ir até Manaus do que para Belém. Conseguimos com a regional do Santarém e municípios da região segurar os casos”, explica Martha Nóbrega.

ATRASOS NA VACINAÇÃO

Segundo a Sespa, o Pará notificou 269 casos suspeitos de sarampo, dos quais 79 foram confirmados, incluindo dois óbitos de refugiados venezuelanos que estavam em Belém. O último caso confirmado foi um residente no Pará, dias após o prazo para término do surto estabelecido pelo Opas, o que caracterizou a extensão do surto por mais de um ano. Essa extensão representa que a partir daí o surto é considerado de área e não mais importado, ou seja, de incidências dentro do país e não oriundas de estrangeiros.

O órgão informa ainda que 52% dos pacientes são do sexo masculino e crianças menores de um ano de idade. Seguido por crianças na faixa etária de 1 a 4 anos. “Percebemos o atraso na vacinação das crianças e isso acontece por diferentes motivos. Residências em áreas de difícil acesso, distância de algumas unidades de saúde e grupos antivacinação, que estão crescendo no mundo”, pontua.

Martha afirma que o Sarampo é uma doença altamente transmissível por via respiratória, mas é imunoprevinível com vacinação. Para isso, existe o calendário de vacinas disponível nos serviços de saúde.

“Quem é vacinado não adoece. Toda a criança precisa receber a primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda aos quinze meses. A pessoa não vacinada com a carteira de vacinação, que deve ser guardada por toda a vida, precisa procurar o serviço de saúde. A sala de vacinação irá analisar a situação desse determinado paciente. Adultos na faixa etária de 20 a 30 anos não vacinados ainda recebem duas doses, já adultos de 30 e 49, apenas uma”, explica.

FRENTE CONTRA O SARAMPO

Para prevenir e diminuir a transmissão do sarampo em solo paraense, Martha explica que está sendo feita uma intensificação nas atividades. “O serviço de vigilância faz, além da investigação e coleta de material, o bloqueio vacinal em todos os casos suspeitos – independente de ser diagnosticado ou não -, ou seja, é feita a vacinação de todos que estão perto das pessoas com suspeita da doença”, garante a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa.


Martha Nóbrega afirma ainda que a Sespa, junto com municípios, tem tentado manter equipes de sobreaviso, procurando por todos que não são vacinados.

 

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM