A economia no sudeste do Pará está aquecida com a implementação de novos projetos na região, a exemplo do projeto Salobo III, em Parauapebas. O empreendimento da Vale, que iniciou este ano a obra de implantação para ampliação da capacidade de beneficiamento na usina de 24 milhões de toneladas por ano (Mtpa) para 36 Mtpa de minério de cobre, investe na contratação de fornecedores e de profissionais locais. A mineradora também está contribuindo com a qualificação da mão de obra do município por meio do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho, o PPMT.
Grupo de 60 jovens iniciou a formação em novembro em três turmas nas comunidades da APA do Gelado e das Vilas Sanção e Paulo Fonteles. Nesta edição foram ofertadas vagas para as funções de Mecânico de Manutenção Industrial, Operador de Retroescavadeira e Eletricista de Manutenção Industrial. A ação é realizada também em cumprimento ao licenciamento ambiental orientado pelo Ibama.
A iniciativa da Vale é realizada em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pode ser a oportunidade para Jerferson Costa, morador da vila Paulo Fonteles, conseguir realocação no mercado de trabalho. “Estamos vendo muitas empresas aparecendo em nossa região e isso faz com precisemos nos qualificar para aumentarmos nossas chances”, afirma o estudante do curso de Operador de Retroescavadeira do PPMT.
O gerente executivo do projeto Salobo III, Plínio Tocchetto, destaca que o momento é de aprendizado e também de oportunidade. “Temos previsão de capacitar um total de 230 pessoas até a conclusão do programa nas vilas. Os cursos têm duração média de 160 horas e ainda teremos formação para carpinteiro, eletricista de força e controle e soldador. Estamos capacitando mão de obra que pode ser aproveitada pelas nossas contratadas no projeto e também em outras oportunidades que surgirem”.
Geração de trabalho e renda
No ateliê de corte e costura da Vila Sansão, projeto fomentado pela Vale, as máquinas estão a todo vapor. Além de fazer camisas paras as campanhas realizadas no Salobo III, a exemplo do Outubro Rosa, o ateliê foi contratado para produzir as camisas dos alunos dos cursos do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho (PPMT) do projeto.
Janaina Lima dos Santos até pouco tempo era dona de casa. Há cerca de três anos ela integra o grupo, formado por mulheres da comunidade que atua no ateliê. “Esse trabalho representa criatividade, conhecimento. A gente aprende um pouco mais a cada dia no nosso grupo. E costurar pra mim é uma renda e uma forma de desenvolver mais. Todo dia eu me supero e aqui eu ganho o meu dinheiro e conquistei minha independência”, comemora.
Fonte: VALE